Oposição síria diz que não participará de reunião e estremece negociações de paz

Suleiman Al-Khalidi, John Davison e Stephanie Nebehay

A oposição síria disse que não vai comparecer ao diálogo de paz previsto para começar em Genebra nesta sexta-feira, abalando a primeira tentativa de negociações em dois anos para terminar com a guerra que já dura cinco anos.

Um conselho da oposição reunido em Riad afirmou que a sua delegação "certamente" não iria estar presente em Genebra nesta sexta-feira, dizendo que não havia recebido respostas convincentes para as suas reivindicações por medidas que expressassem boa vontade, incluindo o fim de ataques aéreos e bloqueios.

O fracasso para iniciar o diálogo no prazo previsto mostra os desafios que os mediadores enfrentam em meio aos combates que continuam intensos.

O governo sírio está recuperando território dos rebeldes com a ajuda militar do Irã e da Rússia. Ele tem dito estar pronto para comparecer às negociações, que o enviado especial da Organização das Nações Unidas, Staffan de Mistura, planeja realizar num formato indireto.

Um outro representante da oposição afirmou que a sua delegação poderia aparecer se as suas exigências forem atendidas em um dia ou dois, mas as chances de que isso ocorresse pareciam muito pequenas.

Os desdobramentos são um golpe duro para o enviado das Nações Unidas, cujo gabinete havia divulgado uma mensagem de vídeo que ele enviara para a população síria, na qual ele diz que as negociações eram esperadas para "os próximos dias".

Uma porta-voz do seu gabinete, falando antes do comunicado da oposição, disse que as negociações começariam na sexta como programado.

George Sabra, um integrante do opositor Comitê de Altas Negociações, afirmou: "Certamente, nós não vamos para Genebra, e não haverá delegação do Comitê de Altas Negociações amanhã em Genebra".

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