Conselho da Petrobras deve aprovar novo CEO nesta semana; atual CFO ficará, diz fonte

RIO DE JANEIRO (Reuters) - O Conselho de Administração da Petrobras deverá aprovar o nome de Pedro Parente para a presidência-executiva da estatal ainda nesta semana, após seu nome passar por teste de integridade, e o atual diretor-financeiro da companhia, Ivan Monteiro, deverá permanecer no cargo, disse uma fonte próxima da situação.

O colegiado se reuniu nesta segunda-feira para definir um cronograma para a aprovação do nome de Parente, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, indicado pelo governo federal, acionista controlador, na semana passada.

Parente deverá ocupar também uma cadeira no Conselho no lugar de Aldemir Bendine, o atual CEO, que ainda precisa renunciar dos cargos para abrir caminho ao novo executivo, disse a fonte, na condição de anonimato.

A Petrobras havia informado que o Conselho apreciaria a indicação em reunião nesta segunda-feira, gerando expectativa de que o nome de Parente pudesse ser aprovado no mesmo dia.

Entretanto, a fonte explicou à Reuters que o novo estatuto da empresa, aprovado em assembleia neste ano, com mudanças em seu modelo de governança, prevê que o nome do presidente passe por testes de integridade para que seja de fato aprovado.

"Não foi aprovado hoje porque tem que passar por esse rito", afirmou a fonte.

A Petrobras enviou comunicado ao mercado na noite desta segunda-feira informando que, na reunião, o comitê de remuneração e sucessão informou o Conselho sobre a avaliação em andamento dos requisitos necessários à indicação de Parente como conselheiro de administração e presidente.

Segundo a estatal, o grupo também analisa os "demais procedimentos de governança corporativa, conformidade e integridade necessários ao processo sucessório, conforme o novo estatuto social da companhia". Mais detalhes não foram divulgados.

Parente, 63 anos, formado em engenharia, foi ministro do Planejamento e da Casa Civil no governo de Fernando Henrique Cardoso. Ele também presidiu a unidade brasileira da multinacional do agronegócio Bunge e atualmente é chairman da BM&FBovespa.

Em coletiva de imprensa realizada em Brasília no mesmo dia em que foi indicado aos cargos, Parente prometeu uma gestão "estritamente profissional" na estatal, sem indicações políticas.

As declarações foram amplamente aprovadas pelo mercado financeiro e pela indústria.

Questionada se o atual diretor financeiro (CFO) permanecerá no cargo, a fonte afirmou: "Já ficou". O trabalho de Monteiro, que veio para a companhia juntamente com Bendine, tem sido visto com bons olhos pelo mercado.

(Por Marta Nogueira; reportagem adicional de Juliana Schincariol)

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