Dunga e jogadores demonstram otimismo após vitória, apesar de problemas ofensivos
(Reuters) - O técnico Dunga demonstrou satisfação com a vitória de 2 x 0 do Brasil sobre o Panamá, um adversário que costumava ser goleado pela seleção brasileira, mas os jogadores reconheceram que o time precisa evoluir ofensivamente para ter sucesso na Copa América, que tem início esta semana nos Estados Unidos.
"Acho que o leque de opções se abriu mais e as convicções se confirmaram porque os jogadores corresponderam. Dependendo do adversário temos outras opções para colocar em campo", disse Dunga a jornalistas após o amistoso realizado nos EUA.
"Iniciamos em ritmo forte, com posse de bola, e nossa proposta era alternar velocidade e posse de bola. Usamos bem as laterais e o Douglas Santos e o (Philippe) Coutinho nos ajudaram bem nisso”, acrescentou.
O Brasil não contou contra o Panamá com Neymar, que está fora da Copa América para poder disputar a Olimpíada do Rio, e com o lateral-esquerdo titular Filipe Luís, que disputou a final da Liga dos Campeões, no sábado, pelo Atlético de Madri.
Outro titular da seleção, o meia-atacante Douglas Costa, do Bayern de Munique, foi cortado antes do jogo por uma lesão muscular.
O meia Coutinho, um dos mais elogiados pelo treinador pelo desempenho contra o Panamá, ficou com a sensação de dever cumprido. "Acho que pode ter sido uma das melhores atuações minhas pela seleção", disse o jogador do Liverpool.
Os gols do Brasil foram marcados pelo experiente Jonas e pelo jovem Gabriel, o "Gabigol", que é parte da seleção olímpica que irá buscar o inédito ouro nos Jogos do Rio, em agosto.
"Podíamos ter feito até mais gols. Todo atacante sonha em fazer gol e estou feliz", disse Jonas.
O meia Renato Augusto acredita que Brasil precisa progredir ofensivamente até a estreia na Copa América, contra o Equador, time que está no topo da classificação das eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018, na Rússia.
"Fizemos uma partida muito boa, defensivamente não tivemos nenhum problema e falta ajeitar algumas coisas na parte ofensiva. Acho que até a Copa América podemos corrigir esses detalhes", disse.
(Por Rodrigo Viga Gaier, no Rio de Janeiro)