Na China, secretário-geral da ONU pede respeito à sociedade civil; Pequim solta ativista

PEQUIM (Reuters) - A polícia da China libertou nesta quinta-feira sob fiança uma assistente legal que trabalhava para um proeminente advogado de direitos humanos após quase um ano de detenção por acusações de subversão, e o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, pediu a Pequim, durante visita ao país, que respeite a sociedade civil.

A liderança chinesa vem levando a cabo uma repressão de larga escala contra ativistas desde que o presidente chinês, Xi Jinping, assumiu o poder, incluindo a detenção ou o aprisionamento de dezenas de advogados de direitos humanos, o que o governo justifica dizendo estar visando atos criminosos.

Em um comunicado curto em seu microblog oficial, a polícia de Tianjin, cidade do leste chinês, informou que Zhao Wei seria libertada sob fiança devido a seu bom comportamento e depois de ter confessado seu crime e por sua "atitude relativamente boa".

Zhao, de 24 anos, assistente do advogado também detido Li Heping, foi presa em julho passado. Ela foi solta no meio da tarde local, disse uma pessoa próxima dela à Reuters, pedindo para não ser identificada.

A polícia de Tianjin não quis comentar quando foi contactada por telefone, e a Reuters não conseguiu fazer contato com Zhao para obter comentários.

Falando aos repórteres depois de se reunir com o ministro das Relações Exteriores chinês, Wang Yi, Ban disse que testemunhou pessoalmente as contribuições da China à ONU e todos seus grandes sucessos.

"Enquanto a China continua no caminho da transformação e da reforma, incentivo os líderes da China a criarem o espaço necessário para que a sociedade civil desempenhe seu papel crucial", disse Ban.

(Por Ben Blanchard e James Pomfret)

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