Tajiquistão começa a construir maior barragem do mundo para usina hidrelétrica
DUSHANBE (Reuters) - O Tajiquistão desviou neste sábado o curso de um grande rio para começar a construir a maior barragem do mundo, elemento chave da hidrelétrica de Rogun, um projeto de 3,9 bilhões de dólares que o governo espera que assegurará independência energética.
A nação da Ásia Central que faz fronteira com o Afeganistão não tem fontes suficientes de hidrocarboneto e depende muito da força hidrelétrica, apesar de vizinhos rio abaixo reclamarem que o projeto irá afetar a agricultura.
O gabinete do presidente Imomali Rakhmon disse, em um comunicado, que ele compareceu à cerimônia deste sábado na qual explosivos foram usados para bloquear o principal leito do rio Vakhsh, pavimentando o caminho para a construção da barragem de 335 metros, para a qual o grupo italiano Salini Impregilo ganhou este ano o contrato de 3,9 bilhões de dólares.
O Uzbequistão, outra ex-república soviética e a nação mais populosa da Ásia Central, com 30 milhões de pessoas, pediu repetidas vezes que o Tajiquistão não construísse Rogun. Para dar energia à hidrelétrica, o Tajiquistão precisa acumular água durante o verão - quando ela é necessária rio abaixo para irrigação - e, então, liberá-la no inverno, causando enchentes durante a primavera.
Refletindo o precário estado da infraestrutura energética do Tajiquistão, quase toda construída na era soviética, um problema de funcionamento na maior usina do país, Nurek, deixou o país em completa escuridão durante horas na noite de sexta-feira.
Em um discurso transmitido pela televisão estatal neste sábado, Rakhmon disse que aprimorar a hidrelétrica de Nurek custaria 700 milhões de dólares. A nova hidrelétrica, Rogun, começará a fornecer energia elétrica no final de 2018, disse Rakhmon.
(Por Nazarali Pirnazarov)
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso do UOL.