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Fibria tem lucro líquido de R$32 mi no 3º tri; investimento em Horizonte 2 é revisado

31/10/2016 09h47

SÃO PAULO (Reuters) - A Fibria, maior produtora de celulose de eucalipto do mundo, anunciou nesta segunda-feira que teve lucro líquido de 32 milhões de reais no terceiro trimestre, ante prejuízo de 601 milhões em igual etapa de 2015.

O resultado operacional da companhia medido pelo Ebitda (sigla em inglês para lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização) ajustado somou 758 milhões de reais, queda de 51 por cento sobre um ano antes. Em termos líquidos, o Ebitda caiu 52 por cento, para 724 milhões.

A companhia avaliou que os fundamentos do mercado global de celulose devem seguir estáveis nos próximos meses.

A Fibria também informou que completou 60 por cento do projeto Horizonte 2 no fim de setembro. O investimento esperado para o projeto foi ajustado de 7,7 bilhões de reais para 7,5 bilhões de reais.

O balanço da companhia foi o último das principais produtoras listadas de celulose do país. Eldorado, Suzano e Klabin já tinham publicado dias atrás lucros modestos, que mostraram forte queda ante o desempenho do segundo trimestre, afetadas pela combinação de queda nos preços do insumo e valorização do real contra o dólar.

A Fibria informou ainda que o resultado financeiro foi negativo em 203 milhões de reais no trimestre, contra 1,095 bilhão positivo no segundo trimestre e 2,357 bilhões negativos de julho a setembro de 2015.

A empresa produziu 1,31 milhão de toneladas de celulose no período, alta de 3 por cento sobre mesma etapa de 2015. Já as vendas somaram 1,44 milhão de toneladas, alta de 11 por cento.

A receita, porém, recuou 18 por cento, a 2,3 bilhões de reais no período. A empresa anunciou recentemente novo aumento de 20 dólares no preço da tonelada de celulose vendida à Ásia, em movimento seguido pelas rivais. O reajuste deve impactar nos números do último trimestre deste ano.

A Fibria fechou setembro com relação dívida líquida sobre Ebitda em reais de 2,33 vezes, ante 2,07 vezes um ano antes e 1,82 vezes ao fim de junho deste ano. Em dólares, a alavancagem foi de 2,64 vezes, ante 1,58 vez um ano antes e 2,1 em junho.

(Por Alberto Alerigi Jr.)