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Alitalia pode cortar até 2 mil empregos em plano de reestruturação, dizem fontes

25/11/2016 11h17

Por Stanley Carvalho e Agnieszka Flak

ABU DABI/MILÃO (Reuters) - A Alitalia pode cortar até 2 mil empregos, já que a controladora Etihad Airways pressiona por mudanças radicais para transformar a linha aérea deficitária, segundo fontes próximas ao assunto.

A aérea italiana também pode tirar de circulação pelo menos 20 aviões para cortar algumas rotas não rentáveis ​​em serviços domésticos e regionais, onde luta para competir com rivais de baixo custo e trens de alta velocidade, disseram as fontes.

É provável que a empresa siga deficitária nos próximos dois a três anos, mesmo que corte cerca de um sexto da sua força de trabalho e reduza a frota ativa, disse uma das fontes.

Mas a incapacidade de retardar o declínio da companhia aérea e reverter os prejuízos faria sua dona, a Etihad, ter novos revezes com o investimento e lidar com um retrocesso significativo em suas ambições de expansão europeia.

Também representaria uma derrota para o governo italiano, que considera a Alitalia um ativo estratégico e orgulho nacional, prejudicando a estratégia de atrair capital externo.

A Etihad, que tem 49 por cento da Alitalia, não comentou o assunto.

A Etihad investiu 560 milhões de euros na Alitalia em 2014 como parte de um acordo de resgate de 1,76 bilhão de euros, buscando acesso ao quarto maior mercado de viagens da Europa e prometeu retomar o lucro até 2017.

Mas dois anos após o acordo ser assinado, a Alitalia está perdendo meio milhão de euros por dia.

A administração da Alitalia está agora estudando várias opções, incluindo cortar de 700 a 2 mil dos 12,7 mil empregados, de acordo com três fontes. Isso poderia colocar Etihad e Alitalia em rota de colisão com os sindicatos.

A Alitalia também considera deixar em solo pelo menos 20 aviões, a maioria aeronaves Airbus 320, disseram duas fontes.