Japão planeja modesto aumento das despesas, divergindo das promessas de estímulo de Trump
TÓQUIO (Reuters) - O Japão planeja apenas um modesto aumento das despesas do governo no próximo ano, segundo um esboço do orçamento, já que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, adota uma orientação política diferente da esperada pelo presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, que prometeu estímulo fiscal.
O Banco do Japão recentemente se comprometeu a manter os custos de empréstimos públicos perto de zero, dando uma grande liberdade a Abe para aumentar os gastos e colocar seus objetivos de combater a deflação de volta aos trilhos.
Abe chegou ao poder em 2012 prometendo reanimar a economia com um conjunto de políticas, incluindo estímulo fiscal, mas ela manteve-se teimosamente fraca.
Ainda assim, o primeiro-ministro está mantendo controle sobre os gastos, de acordo com o documento do orçamento visto pela Reuters, enquanto ele busca estimular o crescimento e controlar a dívida mais pesada do mundo desenvolvido.
Com um iene fraco e um mercado de ações em ascensão ajudando as empresas, o Japão não tem urgência para aumentar os gastos.
"Nesta fase, não prevemos mobilização fiscal de grande escala", disse um funcionário do governo envolvido no processo.
Trump prometeu um boom de infraestrutura e cortes de impostos profundos e o governo do Reino Unido está aumentando seus empréstimos para amortecer o golpe econômico do Brexit, mas a situação japonesa é diferente.
"Se o Japão der um novo impulso de acordo com a expansão esperada por Trump, a deterioração fiscal seria mais um problema em uma economia com uma relação entre dívida e PIB de 247 por cento", disse o estrategista sênior de investimentos da Mitsubishi UFJ Morgan Stanley, Norihito Fujito.
(Por Takaya Yamaguchi)
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