Revisão de plano de resgate da Grécia está indo bem, diz comissário europeu
ATENAS (Reuters) - A Grécia teve avanços na revisão de seu plano de resgate financeiro e poderá discutir medidas de alívio de dívida de curto prazo com credores oficiais no próximo mês, afirmou o comissário de Assuntos Econômicos da União Europeia, Pierre Moscovici, em entrevista a um jornal grego.
Os credores oficiais da Grécia, o Mecanismo de Estabilidade Europeia (ESM), o Banco Central Europeu (BCE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI), estão avaliando a entrega de reformas e metas fiscais pelo país definidas no programa de resgate de até 86 bilhões de euros acertado no verão passado, o terceiro desde 2010.
A Grécia espera concluir rapidamente a revisão e assegurar um alívio para dívida de curto prazo em que seus títulos serão incluídos no programa de compra de papéis do BCE. Isso também permitirá que o país possa recuperar o acesso aos mercados antes de 2018, quando o atual pacote de resgate expira.
O grupo de ministros de Finanças da zona do euro deve se reunir em 5 de dezembro para avaliar o progresso e definir um cronograma para a término do processo.
"Creio que é absolutamente factível que um acordo seja concluído nos próximos dias, com base no que as autoridades gregas terão que implementar e, em breve, tomar os passos necessários para a segunda revisão", disse Moscovici, ao jornal Ethnos.
"Com base nas conclusões da primeira revisão e no bom progresso da segunda, eu creio que as condições são apropriadas para as discussões (de alívio de dívida) que precisam ocorrer no próximo encontro do Eurogroup", acrescentou.
Representantes do governo grego afirmaram nesta semana que ainda há diferenças entre Atenas e seus credores sobre as metas fiscais e reformas trabalhista e do setor de energia.
Autoridades do ministério das Finanças da Grécia disseram neste sábado que os dois lados devem chegar a um acordo sobre os assuntos pendentes na próxima semana.
As metas do pacote de resgate da Grécia incluem um superávit primário de 3,5 por cento em 2018 e depois disso.
O FMI diz que as metas são irrealistas e Atenas quer redução delas. Mas Moscovici disse que as metas foram confirmadas pelos ministros de Finanças da zona do euro em maio, que ressaltaram a importância de um caminho fiscal sólido.
(Por Angeliki Koutantou)
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