Sul e sudeste da Europa enfrentam impacto mais adverso da mudança climática, diz agência
(Reuters) - As regiões do sul e do sudeste da Europa irão enfrentar os efeitos mais adversos da mudança climática no continente, já que as ondas de calor e as secas estão se tornando mais intensas e frequentes, disse a Agência Ambiental Europeia (EEA, na sigla em inglês), nesta quarta-feira.
A mudança climática está causando enchentes, secas, tempestades e ondas de calor mais frequentes e graves em toda a Europa à medida que o aumento da temperatura global atinge novos recordes, os mares se elevam e o gelo marinho derrete no Ártico.
As temperaturas mundiais chegaram a seu maior índice pelo terceiro ano seguido em 2016, disseram cientistas na semana passada, com extremos que incluíram um calor inédito na Índia e um derretimento de gelo idem no Ártico.
Os eventos extremos relacionados ao clima foram responsáveis por quase 400 bilhões de euros de perdas econômicas em países-membros da EEA entre 1980 e 2013 e mais de 85 mil mortes no mesmo período, informou a agência em um relatório.
"Todas as regiões europeias são vulneráveis à mudança climática, mas algumas regiões irão experimentar impactos mais negativos do que outras", disse o documento.
"Projeta-se que o sul e o sudeste da Europa serão um foco de mudança climática, já que se espera que enfrentem o número mais alto de impactos adversos", afirmou.
A região já sofre com grandes elevações nos picos de calor e com a redução das chuvas e dos fluxos dos rios, o que está aumentando o risco de secas mais severas, menos rendimento nas lavouras, perda de biodiversidade e incêndios florestais.
A agência disse que áreas costeiras e zonas sujeitas a inundações em partes do oeste europeu também são focos porque enfrentam riscos acentuados de enchentes devido à elevação dos mares e um possível aumento de inundações costeiras.
(Nina Chestney em Londres)
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