"Quatro Vidas de um Cachorro" lidera bilheterias dos EUA apesar de protesto e ameaças de boicote
Por Brent Lang
LOS ANGELES (Variety.com) - Apesar de protestos e ameaças de boicote, "Quatro Vidas de um Cachorro" conseguiu atrair famílias que aparentemente não ficaram convencidas do significado de imagens de um pastor alemão medroso sendo forçado a enfrentar uma correnteza.
A história de um cão que reencarna, vivendo como o "melhor amigo do homem" de vários donos, arrecadou 18,4 milhões de dólares em seu final de semana de estreia nos cinemas dos Estados Unidos.
O resultado ficou em linha com o outros lançamentos de filmes para amantes de animais, como "Resgate Abaixo de Zero" (20,1 milhões de dólares) e "Winter, O Golfinho" (19,1 de dólares), nenhum dos quais despertou a ira do grupo Pessoas Pelo Tratamento Ético de Animais (Peta, na sigla em inglês). Os estúdios Universal e Amblin uniram forças em "Quatro Vidas de um Cachorro", cuja produção custou 22 milhões de dólares.
"Estreou na posição ideal, se é que não superou as expectativas", disse Nick Carpou, chefe de distribuição regional da Universal. "O fato de o filme ter dado tão certo tem relação direta com a ressonância de sua mensagem. A polêmica cercando os protestos gerados por um vídeo altamente editado é difícil de ignorar. Entretanto, a bilheteria mostra que o filme está acima disso".
O executivo observou que mesmo em complexos de salas onde houve manifestações contra o filme, como o Arclight de Los Angeles, o longa se saiu bem.
Depois que o site TMZ divulgou o vídeo, o diretor Lasse Hallstrom, o produtor Gavin Polone e vários membros do elenco expressaram sua revolta. Eles atribuíram a maior parte da culpa à equipe da segunda unidade de produção do filme ou argumentaram que o vídeo foi manipulado, enquanto a Universal cancelou a estreia do filme na tentativa de conter a reação negativa.
As ameaças de protestos e o vídeo viral de fato reduziram os lucros --uma previsão de duas semanas atrás indica que a atração teria arrecadado até 24 milhões de dólares-- mas o pesadelo de relações públicas não foi fatal.
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