Cielo espera 2017 relativamente estável, foca em máquinas mais rentáveis
SÃO PAULO (Reuters) - A Cielo espera a receita de suas máquinas de cartão um pouco melhor em 2017, apesar da mortalidade de empresas clientes de suas soluções de pagamento eletrônico, afirmou o presidente da companhia, Eduardo Gouveia, nesta terça-feira.
Segundo ele, o efeito de mortalidade de empresas no Brasil "se acentuou principalmente no quarto trimestre", mas a Cielo tem conseguido manter a receita de suas máquinas de pagamento (POS) focando nos modelos sem fio e com entrega de serviços adicionados, que têm rentabilidade melhor que os modelos com fio.
Segundo o executivo, parte da estratégia para enfrentar a queda na base de POS inclui produtos com maior valor agregado, como um pacote a preço fixo lançado recentemente e chamado Cielo Controle que inclui a máquina de pagamento.
Na véspera, a empresa reportou alta de 18 por cento no lucro líquido do quarto trimestre, a 1,06 bilhão de reais, ajudada por controle de custos e melhor resultado financeiro.
O desempenho foi alcançado apesar de uma queda de 9,3 por cento no final de 2016 na base de POS instalados, para cerca de 1,95 milhão. A receita, porém, subiu 2,1 por cento, para 3,1 bilhões de reais.
Às 10:47, as ações da Cielo exibiam alta de 0,94 por cento, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,36 por cento.
Gouveia afirmou que espera uma melhora do mercado de cartões "mais para o finalzinho do ano", com uma recuperação mais forte em 2018. Ele não deu números precisos.
A Cielo prevê alta de 4 a 6 por cento no volume financeiro no Brasil em 2017. No ano passado, o crescimento foi de 6,2 por cento. Já os gastos totais, incluindo Cateno, devem subir no mesmo intervalo do volume financeiro, após aumento de 5,8 por cento em 2016.
A empresa projeta investimento de 400 milhões de reais em terminais POS este ano, mesmo valor previsto para 2016, embora tenha gasto 277,6 milhões de reais nesta linha no ano passado.
O executivo comentou ainda que a Cielo está discutindo com o Banco Central a proposta da autoridade monetária de redução nos prazos de pagamentos aos lojistas, mas que "não há nenhum caminho de curto prazo definido".
(Por Alberto Alerigi Jr.)
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