Dólar apaga queda e tem leve alta após declarações de Ilan sobre rolagem de swaps
Por Claudia Violante
SÃO PAULO (Reuters) - O dólar apagou a queda que exibia mais cedo nesta terça-feira e passou a registrar leve alta ante o real após o presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, sinalizar que pode rolar apenas parcialmente ou simplesmente não rolar os contratos de swap cambial que vencem em março.
Mais cedo, a moeda operava na casa de 3,10 reais influenciada pelo ingresso de recursos, pela expectativa de mais fluxo e pela formação da taxa Ptax de final de mês. O recuo da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior também favorecia o comportamento do dólar internamente.
Às 12:29, o dólar operava estável, a 3,1277 reais na venda, depois de ter caído 1,66 por cento nos dois pregões anteriores.
Na mínima, a moeda marcou 3,1022 reais e, na máxima, 3,1399 reais. O dólar futuro tinha variação negativa de 0,02 por cento.
"Se o BC não rolar integralmente, os investidores terão que analisar o que farão com a posição aberta que restar, podendo ir a mercado zerar essa posição e gerar pressão compradora de dólar", explicou um operador de câmbio de uma corretora nacional.
Em evento em São Paulo, o presidente do BC afirmou que a autoridade pode rolar os estoques de swaps cambiais tradicionais --equivalentes a venda de dólar-- que vencem em março parcialmente ou não rolá-los. Dados do site da instituição mostram que os contratos que vencerão em março somam 6,954 bilhões de dólares.
Ele afirmou ainda que a redução no estoque de swaps cambais traz mais conforto para o BC, mas que "isso não significa que não podemos voltar a diminuir os estoques" no futuro.
O Banco Central fará nesta sessão a rolagem parcial dos contratos de fevereiro referente a leilão de linha --venda com compromisso de recompra--, abrangendo apenas 1 bilhão de dólares do total de 1,8 bilhão de dólares que vencerão.
No exterior, o dólar caía ante uma cesta de moedas e também outras divisas de países emergentes, como os pesos mexicano e chileno.
Os investidores seguem atentos às medidas do presidente norte-americano, Donald Trump, e seus efeitos no mercado.
(Por Claudia Violante)
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