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Militares ficarão no ES até situação se normalizar, diz Jungmann

Rodrigo Viga Gaier

No Rio

14/02/2017 15h00

As Forças Armadas vão permanecer no Espírito Santo para auxiliar a segurança do Estado até que a situação se normalize definitivamente, disse nesta terça-feira (14) o ministro da Defesa, Raul Jungmann.

"A presença das Forças Armadas vai ser prorrogada e requer a prorrogação. Vamos permanecer o tempo que for necessário até que a normalidade se instaure", disse Jungmann no Rio de Janeiro, Estado que também começou a contar com o apoio dos militares na segurança pública.

"Lá no Espírito Santo, demos inicialmente dez dias, mas a avaliação é que vamos estender a presença, não temos um prazo para ficar", acrescentou. "Se lá adiante a situação não for normalizada, nós estenderemos de novo."

Segundo ele, atualmente 3.000 militares estão no Estado, e a continuidade da operação ainda não foi formalizada.

Um movimento de protesto de familiares nas portas dos quartéis no Espírito Santo impedindo a saída dos policiais militares gerou uma onda de insegurança, com saques, atos de vandalismo e dezenas de assassinatos. O governo do Espírito Santo começou a investigar a ação dos policiais e iniciou um processo de demissão dos PMs.

Para Jungmann, o que houve no Espírito Santo foi um motim, e não apenas um ato liderado pelas mulheres dos policiais nas portas dos batalhões.

Governo inicia processo de demissão de 161 PMs

Band Terra Viva

"No Espírito Santo tivemos um motim com tropas armadas e aquarteladas, e a hierarquia foi afetada tanto que o comandante da PM foi exonerado com 23 dias no cargo", disse o ministro.

"Se não as Forças Armadas não estivessem já na segunda-feira (da semana passada) e com isso derrubado saques, incêndios e arrastões, a população teria sua vida e propriedade em risco", acrescentou.