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Embaixadas dos EUA são ordenadas a identificar grupos para triagens mais rígidas de vistos

Getty Images/iStockphoto
Imagem: Getty Images/iStockphoto

Em Washington e Nova York

23/03/2017 19h29

O secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, dirigiu missões diplomáticas dos Estados Unidos para identificar "populações que justifiquem maior escrutínio" e triagens mais duras para requerentes de vistos nestes grupos, de acordo com telegramas diplomáticos vistos pela Reuters.

Ele também ordenou uma "triagem de redes sociais obrigatória" para todos os requerentes que já estiveram presentes em territórios controlados pelo Estados Unidos, no que duas ex-autoridades norte-americanas disseram que será uma expansão mais ampla e de trabalhos mais intensivos de tais triagens. Triagens de redes sociais atualmente são feitas raramente por autoridades consulares, disse uma das ex-autoridades.

Quatro telegramas, ou memorandos, emitidos por Tillerson durante as últimas duas semanas, deram visões sobre como o governo dos EUA está implementando o que o presidente Donald Trump chamou de "exames extremos" de estrangeiros que entram nos Estados Unidos, uma importante promessa de campanha. Os telegramas também demonstram os obstáculos administrativos e logísticos que a Casa Branca enfrenta ao executar sua visão.

Os telegramas, que não foram relatados anteriormente, davam instruções para implementação do decreto presidencial de Trump de 6 março, temporariamente barrando visitantes de seis países de maioria muçulmana e todos os refugiados, assim como um memorando simultâneo ordenando triagens de vistos mais minuciosas.

Os telegramas para missões norte-americanas no exterior emitiam novos guias estritos para exames de requerentes a vistos, e então retiravam alguns deles em resposta a decisões de tribunais norte-americanos que desafiaram princípios centrais do decreto presidencial de Trump.

O telegrama final visto pela Reuters, emitido em 17 de março, deixa uma instrução para que chefes consulares em cada missão diplomática, ou postos, reúnam grupos de trabalho de agentes da lei e autoridades da inteligência para "desenvolver uma lista de critérios identificando conjuntos de pós-requerentes de populações que justifiquem maior escrutínio".