Opositores vão novamente às ruas na Venezuela pedindo eleições antecipadas
Por Girish Gupta e Corina Pons
CARACAS (Reuters) - Sete protestos contra o governo socialista da Venezuela foram programados para Caracas nesta quinta-feira, um para cada juíz da Tribunal Suprema de Justiça que aprovou a decisão de assumir o controle do Congresso, atualmente liderado pela oposição, na última semana, o que alguns manifestante consideraram como uma guinada para uma ditadura.
Embora a decisão amplamente condenada tenha sido rapidamente revertida, ela deu à oposição do país um novo impulso contra o governo de esquerda, que o grupo culpa pelo colapso econômico e social do país.
Manifestantes estão se organizando em sete pontos designados na capital Caracas para marchar até a maior rodovia da cidade. Provavelmente deve haver confrontos entre os manifestantes e as forças de segurança, algo que tem frequentemente acontecido na Venezuela.
"O objetivo é levar os magistrados à julgamento e conseguir que o governo publique um cronograma eleitoral", disse o advogado da oposição Stalin Gonzalez à Rádio Union. "O país mudou e quer sair desta crise."
A principal demanda da oposição agora é realizar a próxima eleição presidencial antes da data agendada para o final de 2018, para tirar do poder o presidente socialista Nicolás Maduro.
"Nós vivemos em uma ditadura, e o único jeito de sair de uma ditadura é indo para às ruas", disse o estudante de 20 anos Victor Sanchez.
A Venezuela está sofrendo com uma inflação de três dígitos, escassez de alimentos básicos e medicamentos e uma das maiores taxas de homicídios do mundo.
A tensão aumentou nesta semana após o uso de gás lacrimogêneo e pedras durante confronto entre manifestantes e policiais na terça-feira. Os enfrentamentos deixaram 20 feridos e resultaram em 18 prisões, de acordo com o grupo de direitos Fórum Penal em Caracas.
(Reportagem adicional de Eyanir Chinea e Corina Pons)
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