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Republicanos e Democratas chegam acordo sobre sanções dos EUA contra Russia, Irã e Coreia do Norte

22/07/2017 18h45

WASHINGTON (Reuters) - Republicanos e Democratas norte-americanos chegaram a um acordo sobre uma legislação que permite novas sanções contra Rússia, Irã e Coreia do Norte, disseram neste sábado congressistas do Partido Democrata.

O projeto de lei limitaria qualquer potencial esforço do presidente Donald Trump para tentar aliviar as sanções contra Moscou.

O Ato para Conter Atividades de Desestabilização do Irã, que foi aprovado pelo Senado há um mês, estava parado na Câmara Deputados, depois que republicanos propuseram incluir sanções contra a Coreia do Norte no texto.

A legislação deve ser votada na terça-feira em um pacote de projetos de leis abordando sanções contra Rússia, Irã e Coreia do Norte, de acordo com o gabinete da líder da maioria na Câmara, Kevin McCarthy. A medida "os responsabilizará por suas ações perigosas", acrescentou em comunicado neste sábado.

Como parte do conjunto de mudanças, Trump terá que submeter ao Congresso um relatório sobre as ações propostas que alterem significativamente a política internacional dos EUA em relação à Rússia, incluindo aliviar as sanções ou retornar propriedades diplomáticas em Maryland e Nova York que o ex-presidente Barack Obama ordenou que fossem desocupadas em dezembro.

O Congresso, por sua vez, teria pelo menos 30 dias para audiências antes de votar se aceita ou rejeita as mudanças propostas por Trump. Muitos parlamentares esperam que a legislação transmita uma mensagem a Trump para que mantenha firme posição quanto à Rússia.

Trump, que se reuniu com Vladimir Putin na cúpula do G20 em Hamburgo no começo deste mês e disse que foi uma "honra" encontrá-lo, tem sido criticado por um recomeço para as relações entre Rússia e Estados Unidos. Seu governo está envolvido em investigações sobre possíveis laços entre sua campanha de 2016 e a Rússia.

Com o projeto de lei, os republicanos e os democratas esperam punir a Rússia por anexar a Crimeia, em 2014, e por interferir nas eleições presidenciais de 2016.

Putin negou qualquer interferência no processo democrático norte-americano no ano passado, enquanto Trump disse que sua campanha não foi feita em conluio com a Rússia.

(Por Lesley Wroughton e David Shepardson)