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Casa Branca abre investigação sobre uso de emails particulares por funcionários de alto escalão, diz site

29/09/2017 08h45

WASHINGTON (Reuters) - A Casa Branca iniciou uma investigação interna sobre o uso de emails particulares por assessores de primeiro escalão do governo, retirando dos servidores da Casa Branca emails enviados e recebidos em suas contas pessoais, disse o site Politico na quinta-feira.

Citando quatro autoridades não identificadas, o Politico relatou que o trabalho começou nesta semana, depois que o próprio site revelou que Jared Kushner, genro e assessor próximo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e outros altos assessores da Casa Branca usaram emails particulares para trocar mensagens sobre assuntos de governo.

A porta-voz da Casa Branca, Sarah Sanders, quando questionada se Trump está preocupado com os relatos sobre estas comunicações, disse a repórteres mais cedo na quinta-feira: "A Casa Branca foi clara e instrui todos os funcionários a cumprirem plenamente a Lei de Registros Presidenciais. Todos os funcionários foram informados sobre a necessidade de preservar estes registros, e continuarão a fazê-lo".

Durante a campanha eleitoral de Trump em 2016, o empresário republicano do setor imobiliário atacou a então rival democrata Hillary Clinton por ela ter usado um servidor de emails particulares para correspondências oficiais quando foi secretária de Estado do então presidente Barack Obama.

Mais tarde se verificou que algumas mensagens de Hillary continham informações confidenciais.

O inquérito da Casa Branca pode demorar várias semanas ou até meses para ser finalizado, já que as autoridades buscam todos os emails enviados ou recebidos sobre questões governamentais, segundo o Politico.

"O escritório do conselho da Casa Branca está analisando as contas para determinar se as mensagens são pertinentes para quaisquer investigações, como os inquéritos em andamento sobre a Rússia conduzidos pelo Congresso e pelo assessor especial Robert Mueller", informou o Politico.

Mueller está investigando a suposta interferência russa na eleição do ano passado e o possível conluio com associados de Trump. A Rússia negou toda e qualquer iniciativa do gênero, e Trump refutou qualquer insinuação de conluio.