Catalunha avança para declarar independência da Espanha na segunda
A Catalunha irá avançar na segunda-feira (9) para declarar a independência da Espanha, após o referendo proibido de 1º de outubro, à medida que o país da União Europeia se aproxima de uma ruptura que ameaça as bases de sua jovem democracia.
Mireia Boya, uma parlamentar catalã do partido a favor da independência Candidatura de Unidade Popular (CUP), disse no Twitter que uma declaração de independência virá após uma sessão do Parlamento na segunda-feira para avaliar os resultados do referendo de separação.
"Nós sabemos que podem haver expulsões, prisões... Mas, nós estamos preparados, e em caso algum seremos impedidos", disse.
O presidente da Catalunha, Carles Puigdemont, já havia dito que iria pedir que o Parlamento da região declaresse a independência na esteira do referendo, que o governo e corte constitucional da Espanha consideram ilegal, e no qual apenas uma minoria dos catalães votaram.
Apesar de 90% dos participantes terem votado pela independência catalã, a taxa de comparecimento às urnas não é grande, 42% dos eleitores aptos. E seria a mais baixa de referendos europeus por independência, de acordo com informações até o momento.
A contagem dos votos deve terminar quando os votos do exterior forem contados. "Nós provavelmente devemos agir durante o fim de semana ou no início da próxima semana", disse Puigdemont à BBC, em comentários publicados nesta quarta-feira.
Puigdemont diz se sentir presidente de um país livre
Em entrevista ao jornal alemão Bild, Puigdemont disse já se sentir como o "presidente de um país livre, onde milhões de pessoas tomaram uma importante decisão".
Ele disse que a recusa do governo de Madri em negociar deixou a Catalunha "sem outra opção" que não declarar a independência, e acusou a Espanha de autoritarismo.
"O governo espanhol está deixando oponentes políticos serem presos, está influenciando a mídia e bloqueando sites na internet. Nós estamos sob observação dia e noite", disse Puigdemont. "O que é isso se não um Estado autoritário?"
A crise constitucional abalou o euro e as ações e títulos espanhóis, e a SEAT, unidade da Volkswagen
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