Coreia do Norte diz que ameaça de teste nuclear atmosférico deve ser entendida literalmente
WASHINGTON (Reuters) - O alerta do ministro das Relações Exteriores da Coreia do Norte sobre um possível teste nuclear atmosférico sobre o Oceano Pacífico deve ser entendido literalmente, disse uma autoridade norte-coreana de alto escalão em uma entrevista à CNN transmitida nesta quarta-feira.
"O ministro das Relações Exteriores está muito ciente das intenções de nosso líder supremo, por isso acho que vocês deveriam interpretar suas palavras literalmente", disse Ri Yong Pil, diplomata veterano da chancelaria da Coreia do Norte, à rede CNN.
No mês passado o chanceler norte-coreano, Ri Yong Ho, disse que Pyongyang pode cogitar realizar "a detonação mais poderosa" de uma bomba de hidrogênio sobre o Pacífico em meio às tensões crescentes com os Estados Unidos.
O ministro fez o comentário depois que o presidente Donald Trump alertou que os EUA irão "destruir totalmente" a Coreia do Norte, que está trabalhando para fabricar mísseis com ogivas nucleares capazes de atingir o território continental norte-americano, caso houver ameaça aos EUA.
Na semana passada o diretor da CIA, Mike Pompeo, disse que a Coreia do Norte pode estar a poucos meses de adquirir a capacidade de alvejar os EUA com armas nucleares.
Especialistas dizem que um teste atmosférico seria uma maneira de demonstrar esse poderio. Todos os testes nucleares anteriores de Pyongyang foram subterrâneos.
Na semana que vem Trump fará uma visita à Ásia durante a qual ressaltará sua campanha para pressionar a Coreia do Norte a abdicar de seus programas nuclear e de mísseis.
Até agora a estratégia não foi capaz de impedir o regime de conduzir testes com bombas atômicas em uma instalação subterrânea e de disparar mísseis balísticos no Pacífico sobre o Japão.
Apesar da retórica beligerante e dos alertas reiterados de Washington de que todas as opções, inclusive as militares, estão sendo estudadas, autoridades da Casa Branca dizem que Trump está buscando uma resolução pacífica para o impasse.
(Por David Alexander e David Brunnstrom)
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