Premiê Hariri suspende renúncia e alivia crise no Líbano
Por Lisa Barrington e Ellen Francis
BEIRUTE (Reuters) - Saad al-Hariri suspendeu nesta quarta-feira sua decisão de renunciar como primeiro-ministro do Líbano, a pedido do presidente Michel Aoun, para permitir o diálogo, amenizando uma grande crise política no país.
Hariri fez o anúncio depois de voltar a Beirute na noite de terça-feira pela primeira vez desde sua renúncia surpreendente no dia 4 de novembro, comunicada em uma transmissão de televisão feita da Arábia Saudita.
O premiê disse que todos os partidos libaneses devem se comprometer a manter seu país fora de conflitos regionais, uma referência ao poderoso grupo libanês Hezbollah, que tem apoio do Irã e cujo papel na região causa profunda preocupação em Riad. Ele ainda disse esperar que sua decisão inaugure "uma nova abertura para um diálogo responsável".
"Apresentei minha demissão hoje ao presidente Aoun, e ele me exortou a esperar antes de entregá-la e segurá-la para haver mais diálogo sobre as razões e o contexto político desta, e mostrei receptividade", disse Hariri em um comunicado televisionado.
A renúncia de Hariri lançou o Líbano na linha de frente do embate regional entre a Arábia Saudita sunita e o Irã xiita, que auxilia o Hezbollah.
Autoridades do governo libanês e políticos veteranos próximos de Hariri dizem que os sauditas o obrigaram a entregar o cargo e o mantiveram no reino -- o que a Arábia Saudita e Hariri negaram.
Sua saída surpreendeu até mesmo os assessores do premiê, e seu retorno ao Líbano ocorreu após uma intervenção da França.
Aliado saudita de longa data, Hariri citou o temor de ser assassinado em seu discurso de renúncia, e atacou Teerã e o Hezbollah por semearem a discórdia no mundo árabe.
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