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Coreia do Sul cogita suspender exercício militar com EUA durante Olimpíada

23/11/2017 12h33

SEUL (Reuters) - A Coreia do Sul está cogitando suspender um exercício militar rotineiro com os Estados Unidos no ano que vem para minimizar o risco de uma reação agressiva da Coreia do Norte durante a Olimpíada de Inverno que sediará, disse a agência de notícias sul-coreana Yonhap nesta quinta-feira.

A Coreia do Norte critica os exercícios militares regulares entre os sul-coreanos e forças dos EUA por vê-los como preparativos para invadi-la, e em algumas ocasiões realizou testes de mísseis ou adotou outras ações beligerantes em reação.

Os Jogos de Inverno acontecerão na Coreia do Sul entre 9 e 25 de fevereiro, e a Paralimpíada entre 8 e 18 de março.

Citando uma autoridade da Presidência da Coreia do Sul, a Yonhap disse que a opção de não realizar as manobras tem sido avaliada "há muito tempo".

O gabinete da Casa Azul, a sede presidencial, disse em um comunicado que nenhuma decisão sobre o exercício foi tomada. Autoridades do Ministério da Defesa não quiseram comentar.

Os militares sul-coreanos e norte-americanos costumam realizar um exercício militar em março e abril chamado Determinação Chave e Cria de Águia, que envolve cerca de 17 mil militares dos EUA e mais de 30 mil sul-coreanos.

A Coreia do Sul espera que a participação norte-coreana nos jogos ajude a melhorar o relacionamento desgastado entre os vizinhos. Seul disse que qualquer atleta norte-coreano habilitado para a competição será bem-vindo.

Uma dupla de patinação artística da Coreia do Norte se classificou para competir, mas sua participação não foi confirmada.

As tensões se elevaram na Península Coreana no último ano, já que Pyongyang está desenvolvendo armas nucleares e mísseis em desafio à condenação internacional e a sanções da Organização das Nações Unidas (ONU).

Embora a Coreia do Norte não tenha feito testes nos últimos dois meses, o país disse várias vezes que nunca abdicará de suas armas, que considera necessárias para se proteger do que vê como uma agressão dos EUA.

(Por Christine Kim)

((Tradução Redação São Paulo, 5511 56447702)) REUTERS AC