Potências mundiais se reúnem para pressionar Arábia Saudita e Irã a pararem de interferir no Líbano
Por John Irish
PARIS (Reuters) - Potências mundiais tentarão fortalecer a estabilidade do Líbano nesta sexta-feira pressionando a Arábia Saudita e o Irã para que parem de interferir em sua política e exortando o Hezbollah a diminuir suas atividades na região.
O Líbano mergulhou em uma crise em 4 de novembro, quando Saad al-Hariri renunciou ao cargo de primeiro-ministro na Arábia Saudita dizendo que temia ser assassinado e criticando o Irã, arquirrival regional saudita, e o Hezbollah, seu aliado libanês.
Depois de uma pressão internacional e de negociações entre facções políticas libanesas, Hariri voltou atrás com sua renúncia na terça-feira e seu governo de coalizão, que inclui o Hezbollah, reafirmou uma política de Estado de manter o país fora de conflitos em Estados árabes.
O Grupo Internacional de Apoio ao Líbano, um organismo que inclui os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) --Estados Unidos, Rússia, Reino Unido, França e China-- se reuniria em Paris nesta sexta-feira para tentar reforçar a posição de Hariri e evitar uma nova escalada.
"Para o Líbano ser protegido de crises regionais é essencial que todos os partidos libaneses e atores regionais respeitem o princípio de não-interferência", disse o presidente francês, Emmanuel Macron, na abertura do encontro, ao qual Hariri e o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, também compareceram.
Macron usou seu capital político w as relações próximas da França com o Líbano e com a Arábia Saudita para conseguir um acordo por meio do qual Hariri viajou a Paris e que abriu as portas para uma resolução para a crise no mês passado.
A preocupação saudita com a influência dos xiitas Irã e Hezbollah sobre outros Estados árabes vem sendo vista por muitos como a causa central da crise, que despertou temores em relação à estabilidade política e econômica do Líbano.
A política libanesa de "dissociação" foi declarada em 2012 para manter a nação profundamente dividida fora de conflitos regionais, como a guerra civil na vizinha Síria. Apesar dela, o Hezbollah está profundamente envolvido na guerra síria e enviando milhares de combatentes para ajudarem o presidente Bashar al-Assad.
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