EUA pedem inclusão de navios em lista negra por violações na Coreia do Norte; Moon propõe redução de exercícios militares
Por Michelle Nichols e David Brunnstrom
NAÇÕES UNIDAS/WASHINGTON (Reuters) - Os Estados Unidos pediram para o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas colocar 10 navios na lista negra por contornarem sanções sobre a Coreia do Norte, indicaram documentos nesta terça-feira, enquanto o presidente da Coreia do Sul sugeriu reduzir exercícios militares com Washington para aliviar tensões antes da Olimpíada de Inverno do ano que vem.
Documentos vistos pela Reuters diziam que 10 navios estavam realizando transferências de navio para navio de produtos refinados de petróleo para embarcações da Coreia do Norte ou transportando carvão norte-coreano em violação às sanções da ONU impostas por conta dos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang.
Os navios serão colocados em lista negra – o que significa que países terão que proibi-los de entrar em seus portos – caso nenhum dos 15 membros do comitê de sanções sobre a Coreia do Norte no Conselho de Segurança conteste até a tarde de quinta-feira.
A Coreia do Norte está sob um embargo de armas da ONU e o Conselho de Segurança proibiu comércio em exportações como de carvão, têxteis, frutos do mar, ferro e outros minérios para sufocar financiamento aos programas nuclear e de mísseis de Pyongyang.
Em setembro, o conselho colocou um limite de 2 milhões de barris ao ano sobre exportações de produtos refinados de petróleo para a Coreia do Norte.
Os navios mirados para inclusão na lista negra eram Xin Sheng Hai (bandeira desconhecida); Lighthouse Winmore, de bandeira de Hong Kong; Yu Yuan, de bandeira do Togo; Glory Hope 1 (também conhecido como Orient Shenyu), Kai Xiang e Billions No. 18, de bandeira do Panamá; e Ul Ji Bong 6, Rung Ra 2, Rye Song Gang 1 e Sam Jong 2, de bandeira da Coreia do Norte.
Quatro embarcações foram designadas por carregar carvão da Coreia do Norte pelo conselho do comitê de sanções sobre a Coreia do Norte em outubro.
Os Estados Unidos têm liderado um movimento para aumentar sanções sobre a Coreia do Norte em resposta aos esforços de Pyongyang para desenvolver mísseis de ponta nuclear capazes de atingir os EUA.
Washington alertou que todas as opções estão na mesa, incluindo militares, para prevenir isto, mas disse preferir uma solução diplomática.
Na sexta-feira, o secretário de Estado norte-americano, Rex Tillerson, pediu para a Coreia do Norte realizar uma “cessação sustentada” de testes de armas para permitir que os dois países realizem conversas.
A Coreia do Norte pausou seus testes de mísseis por mais de dois meses antes de disparar um novo tipo de míssil balístico intercontinental no final de novembro.
Autoridades norte-americanas dizem que o país não deu indicativos de disposição de discutir desistência de seu programa nuclear e Pyongyang tem denunciado repetidamente exercícios militares norte-americanos e sul-coreanos, que diz serem um prelúdio de invasão.
Nesta terça-feira, o presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, disse estar disposto a diminuir tensões antes dos Jogos Olímpicos de Inverno do ano que vem, na Coreia do Sul, ao reduzir exercícios militares conjuntos.
“É possível que a Coreia do Sul e os EUA revisem a possibilidade de adiar os exercícios”, disse à NBC News. “Eu fiz tal sugestão aos EUA, e os EUA estão atualmente revisando isto. No entanto, tudo depende de como a Coreia do Norte se comporta”.
(Reportagem de Josh Smith em Seul, Jeremy Wagstaff em Cingapura, Tim Kelly e Kiyoshi Takenaka em Tóquio, David Brunnstrom, Susan Heavey e Idrees Ali em Washington e Michelle Nichols nas Nações Unidas)
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