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Turquia demite mais de 2,7 mil em decreto emergencial

24/12/2017 15h42

ISTAMBUL (Reuters) - A Turquia disse neste domingo que 2.756 pessoas foram dispensadas de seus trabalhos em instituições públicas, incluindo soldados, professores e funcionários de ministérios, por conexões com organizações "terroristas".

Os funcionários demitidos eram membros de, ou tinham relações com grupos "terroristas", estruturas e entidades que atuam contra a segurança nacional, de acordo com um decreto publicado no diário oficial do país.

Cerca de 50 mil pessoas foram presas desde uma tentativa de golpe fracassada em julho do ano passado e cerca de 150 mil foram demitidas ou suspensas de seus cargos, incluindo soldados, policiais, professores e funcionários públicos, por alegações de conexões com o movimento do clérigo Fethullah Gulen.

O governo acusa Gulen de ter organizado a tentativa de golpe.

Gulen, que se autoexilou na Pensilvânia desde 1999, negou a acusação e condenou o golpe.

Grupos ativistas e alguns aliados do Ocidente temem que o presidente Tayyip Erdogan esteja usando a tentativa de golpe como pretexto para sufocar dissidências.

O governo argumenta que a repressão é necessária devido à gravidade da tentativa de golpe, na qual 240 pessoas morreram.

(Por Ezgi Erkoyun)