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Venezuela prende soldado acusado de matar grávida em fila para distribuição de carne

Manifestantes entram em confronto com a polícia em Caracas durante protesto por falta de comida na cidade - Federico Parra/AFP
Manifestantes entram em confronto com a polícia em Caracas durante protesto por falta de comida na cidade Imagem: Federico Parra/AFP

Em Caracas

02/01/2018 08h23

Autoridades venezuelanas prenderam no fim de semana um soldado da Guarda Nacional acusado de matar uma jovem de 18 anos que estava grávida durante incidente que a mídia descreveu como um tumulto causado pela falta de carne de porco em uma fila de distribuição do alimento.

Alexandra Colopoy foi baleada pelo primeiro-sargento David Rebolledo, de acordo com tuíte do procurador-geral da Venezuela, Tarek Saab, na noite de domingo (31).

Não foram fornecidos mais detalhes sobre o incidente, mas críticos do governo de esquerda do presidente Nicolás Maduro descreveram o ocorrido como um exemplo da crise vivida pelo país.

Segundo a mídia local, o marido de Alexandra e uma testemunha disseram que os soldados estavam bêbados quando chegaram a uma fila para distribuição de carne de porco em uma área de Caracas. Eles disseram que os soldados ordenaram que os venezuelanos fossem embora porque a tradicional carne de Natal havia acabado, mas o grupo se recusou.

"A Guarda Nacional ficou louca e começou a atirar", disse o marido de Alexandra, Bernabé, em entrevista filmada e publicada em redes sociais. "Ela caiu no chão", disse, acrescentando que sua mulher estava grávida de cinco meses. Seu irmão Alejandro também foi baleado, mas está se recuperando, disse.

O procurador-geral venezuelano condenou o incidente.

"O Estado venezuelano garante o respeito e aplicação dos direitos humanos, assim como sanções contra aqueles que os violarem", escreveu no Twitter.