CIA acredita que armas da Coreia do Norte visam coerção, não apenas defesa
Por David Brunnstrom e Warren Strobel
WASHINGTON (Reuters) - A CIA acredita que o programa de mísseis da Coreia do Norte visa a coerção, e não apenas a autodefesa, e que o próximo passo lógico de Pyongyang seria desenvolver um arsenal de armas e a capacidade de atirar múltiplos mísseis em direção aos Estados Unidos, disse o diretor da agência Mike Pompeo nesta terça-feira.
Falando no Instituto Americano de Empreendimento, Pompeo também disse que um dos principais riscos de permitir que a Coreia do Norte desenvolvesse seu programa nuclear e de mísseis era a proliferação a outros países.
Pompeo disse que o foco do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, estava em uma solução diplomática para a crise, mas a CIA estava trabalhando para abastecê-lo com uma série de outras opções caso esta falhe.
Ele disse que havia conversado na última semana sobre os norte-coreanos estarem uma "mão cheia" de meses distante de conseguirem praticar um ataque nuclear contra os Estados Unidos.
"Eu disse a mesma coisa muitos meses antes daquilo", disse ele e acrescentou: "Eu quero que todos entendam que estamos trabalhando diligentemente para garantir que daqui um ano eu ainda possa lhes dizer que eles estão a muitos meses de ter essa capacidade".
Pompeo disse que o próximo passo lógico do líder norte-coreano Kim Jong Un seria desenvolver um arsenal de armas que poderiam confiavelmente ameaçar os Estados Unidos e a capacidade de lançamentos múltiplos e simultâneos.
"Nossa missão é fazer com que o dia que ele poderá fazer isso fique o mais longe o possível".
Pompeo disse que a CIA acreditava que o objetivo de Kim era mais do que dissuasão contra os Estados Unidos para preservar seu regime e que ele usaria suas armas para sua meta principal de reunificação das Coreias sob o seu controle.
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