Líder opositor venezuelano Ledezma pede intervenção "humanitária" para liberar seu país
LIMA (Reuters) - O líder opositor venezuelano Antonio Ledezma pediu nesta quinta-feira em uma visita ao Peru uma intervenção "humanitária" para liberar seu país, de onde milhares de pessoas fogem de uma crise econômica e política.
Ledezma, que chegou a Lima após visitar o Chile, disse também que a morte do piloto rebelde venezuelano Óscar Pérez, morto recentemente em uma operação de segurança, foi um "crime horrendo" cometido pelas autoridades de seu país.
"Que não se descarte uma intervenção humanitária para liberar um povo sequestrado por uma invasão militar cubana, sequestrado por máfias do narcotráfico", disse Ledezma em uma entrevista à Reuters TV, após sair de uma rádio local.
"Agora querem tratar de ocultar a tragédia, como os assassinatos de Óscar Pérez e outros venezuelanos, convocando eleições fraudulentas. Essas eleições são ilegais porque as convocam um órgão ilegítimo", acrescentou o político.
Ledezma, um ex-prefeito de Caracas que fugiu em 2017 para a Espanha após ser julgado por conspirar contra o governo do presidente Nicolás Maduro, se reuniu no Peru com centenas de venezuelanos que buscam refúgio.
O líder opositor planejava se reunir nas próximas horas com o presidente peruano Pedro Pablo Kuczynski e na segunda-feira com o mandatário argentino Mauricio Macri em visita à Argentina, no momento em que Maduro procura candidatar-se para buscar a reeleição em eleições questionadas por vários países.
(Reportagem de Reuters TV)
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