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Coreia do Norte reduz tensão com Coreia do Sul após visita de delegação

Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, cumprimenta Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, em encontro no sábado (10) - Por Christine Kim
Presidente da Coreia do Sul, Moon Jae-in, cumprimenta Kim Yo-jong, irmã do líder norte-coreano Kim Jong-un, em encontro no sábado (10) Imagem: Por Christine Kim

Christine Kim

Em Seul

13/02/2018 10h08

Por Christine Kim

SEUL (Reuters) - O líder da Coreia do Norte disse que quer melhorar ainda mais o "clima acolhedor de reconciliação e diálogo" com a Coreia do Sul depois que sua delegação de alto nível voltou de uma visita ao vizinho do sul, enquanto seus inimigos reiteraram a necessidade de manter o máximo de pressão e de sanções.

Kim Jong Un deu instruções para medidas que visam um engajamento intercoreano maior desde que sua irmã caçula, Kim Yo Jong, liderou uma visita de três dias à Olimpíada de Inverno de Pyeongchang, noticiou a mídia estatal norte-coreana nesta terça-feira, sem especificar quais foram as instruções.

Os Estados Unidos pareceram endossar um engajamento mais profundo entre as duas Coreias após os Jogos, o que pode levar a conversas entre Pyongyang e Washington. Ainda nesta terça-feira o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, disse que os EUA estão abertos a conversar com a Coreia do Norte, segundo informou seu porta-voz em um boletim.

"Os Estados Unidos veem o diálogo intercoreano sob uma luz positiva e expressaram sua abertura para conversas com o Norte", disse Moon ao presidente da Letônia, Raimonds Vējonis, de acordo com o porta-voz.

Autoridades dos EUA também querem que sanções internacionais rigorosas sejam intensificadas para forçar Pyongyang a desistir de seu programa nuclear. Este sentimento foi ecoado pelo primeiro-ministro do Japão, Shinzo Abe, nesta terça-feira, quando ele disse que Moon concordou ser necessário manter pressão máxima sobre a Coreia do Norte.

No ano passado o país recluso realizou dezenas de lançamentos de mísseis e seu maior teste nuclear, desafiando resoluções do Conselho de Segurança da ONU, com o intento de desenvolver um míssil com ogiva nuclear capaz de atingir os EUA.

Autoridades japonesas se empenharam em enfatizar que não existem diferenças entre Japão, EUA e Coreia do Sul quanto à sua abordagem para lidar com os norte-coreanos.

(Reportagem adicional de Linda Sieg e Tim Kelly em Tóquio e James Pearson em Pyeongchang, Coreia do Sul)