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Aulas são retomadas em escola da Flórida duas semanas após massacre

28/02/2018 11h52

Por Zachary Fagenson e Bernie Woodall

PARKLAND, Flórida (Reuters) - Estudantes e professores traumatizados por um dos ataques a tiros mais letais da história dos Estados Unidos voltaram às aulas, nesta quarta-feira, usando laços e rosas brancas para homenagear as 17 vítimas do massacre ocorrido em sua escola na Flórida há duas semanas.

A escola Marjory Stoneman Douglas reabriu a maioria de suas salas para cerca de 3 mil estudantes às 7h40 (no horário local) desta quarta-feira. O prédio onde a maior parte das vítimas morreu, entretanto, permanecerá fechado por tempo indeterminado.

Nicholas Rodrigues, um estudante de 15 anos que mora em Coral Springs com seus pais e duas irmãs, disse que percorreu o caminho até a escola a pé nesta quarta-feira, ao invés de ir de bicicleta, porque "queria pensar sobre as coisas".

Ônibus escolares chegaram pouco depois das 7h, com centenas de policiais a postos para acompanhar os estudantes, vestindo as cores da escola, branco e vinho, para que os alunos se sentissem seguros.

Fred Guttenberg, cuja filha Jamie foi uma das vítimas do massacre, disse não sentir medo por seu outro filho, também estudante da Marjory Stoneman Douglas, porque a escola seria agora a mais segura dos Estados Unidos.

"Mas é triste porque meu filho entra lá sem sua irmã", disse Guttenberg à CNN nesta quarta-feira. "Isso não é o que imaginamos para nós mesmos vendo nossos filhos passando pelo ensino médio".

Parlamentares do Estado estão considerando um projeto de lei que arcaria com a demolição do prédio 12 da escola e o substituiria por um memorial para as vítimas do massacre do dia 14 de fevereiro.