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Para Seul, silêncio de Kim Jong-un sobre encontro com Trump é "cautela"

Não houve menção na mídia norte-coreana sobre o futuro encontro de Kim Jong-un e Donald Trump - Ed Jones/AFP Photo
Não houve menção na mídia norte-coreana sobre o futuro encontro de Kim Jong-un e Donald Trump Imagem: Ed Jones/AFP Photo

Christine Kim

Seul (Coreia do Sul)

12/03/2018 09h08

Nesta segunda-feira (12), o Ministério da Unificação sul-coreano disse que o silêncio da Coreia do Norte a respeito de cúpulas futuras com os Estados Unidos e a Coreia do Sul provavelmente se deve a uma cautela relativa à postura que adotará nas reuniões.

A mídia norte-coreana mencionou a visita de uma delegação do vizinho do sul na semana passada, mas não houve cobertura do convite de seu líder, Kim Jong-un, ao presidente dos EUA, Donald Trump, ou ao presidente sul-coreano para debater o futuro do programa de armas nucleares de Pyongyang.

"Não vimos nem recebemos uma resposta oficial do regime norte-coreano com relação à cúpula Coreia do Norte-EUA", disse o porta-voz ministerial Baik Tae-hyun em um boletim à imprensa.

"Sinto que estão abordando esta questão com cautela e que precisam de tempo para organizar sua postura."

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As autoridades da Coreia do Sul que levaram o convite de Kim a Washington estão visitando a China e o Japão nesta semana para inteirar seus vizinhos sobre as conversas.

O diretor do Escritório de Segurança Nacional da Coreia do Sul, Chung  Eui-yong, que liderou a delegação, seguirá para a Rússia na terça-feira (13) depois de se encontrar com o presidente chinês, Xi  Jinping, nesta segunda-feira, informou a Casa Azul.

Em Pequim, Chung agradeceu o papel da China em uma reunião com seu diplomata mais graduado, o Conselheiro de Estado Yang Jiechi.

"Nosso presidente, Moon Jae-in, e o governo acreditam que vários avanços para a conquista do objetivo da paz e da desnuclearização da península coreana foram feitos, com o apoio ativo e a contribuição do presidente Xi Jinping e do governo chinês", disse ele.

A China está disposta a incentivar o desenvolvimento saudável e estável das relações Coreia do Norte-Coreia do Sul, afirmou Yang.

"Atualmente, como emergiram mudanças positivas na península coreana, os esforços para colocar o processo de desnuclearização da península coreana de volta nos trilhos da resolução por meio do diálogo se harmonizam com a direção que as resoluções do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) estabeleceram quanto à Coreia do Norte", acrescentou Yang.

Trump concordou em se encontrar com Kim Jon-un até o final de maio, e as duas Coreias farão uma cúpula até o fim de abril. Ainda não se definiu o local para a cúpula Coreia do Norte-EUA, mas Kim e Moon se reunirão no vilarejo de Panmunjom, situado na fronteira entre os dois países.