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Líderes venezuelanos comemoram renúncia de presidente do Peru com fogos de artifício

Vice-presidente do partido governista da Venezuela, Diosdado Cabello comemorou saída de PPK  - Marco Bello/Reuters
Vice-presidente do partido governista da Venezuela, Diosdado Cabello comemorou saída de PPK Imagem: Marco Bello/Reuters

Andrew Cawthorne e Vivian Sequera

Caracas (Venezuela)

22/03/2018 10h51

O primeiro vice-presidente do partido governista da Venezuela, Diosdado Cabello, comemorou a renúncia do presidente do Peru, Pedro Pablo Kuczynski (PPK), com fogos de artifício depois de meses de atritos entre os dois governos.

Kuczynski, ex-banqueiro de Wall Street de 79 anos que chegou a ter cidadania norte-americana, era um dos líderes das críticas latino-americanas ao governo socialista do presidente venezuelano, Nicolás Maduro, sobre direitos humanos e democracia, chegando a proibi-lo de comparecer à Cúpula das Américas, em Lima, no mês que vem.

Mas PPK renunciou na quarta-feira (20), tendo em vista um impeachment quase certo provocado por uma investigação de corrupção sobre suas conexões com a empreiteira brasileira Odebrecht, que admitiu ter subornado autoridades públicas em toda América Latina.

"Estes fogos de artifício são porque alguém está indo embora! Adeus, PPK, adeus, PPK!", vibrou  Cabello diante de uma plateia exultante, usando a sigla pela qual Kuczynski é conhecido, enquanto fogos de artifício estouravam nos céus durante um evento realizado no final da quarta-feira (20).

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"Aqui estão alguns fogos de artifício para lembrar o mundo — se você mexer com a Venezuela, está fora!", acrescentou no evento, transmitido em seu programa de televisão semanal.

Apoiadores bradavam: "Ele se foi, ele se foi!"

Apesar da queda de Kuczynski, Maduro ainda enfrenta uma oposição forte da maioria das grandes nações ao redor da América Latina.      

O novo líder peruano, o vice-presidente, Martín Vizcarra, pode seguir a mesma linha dura de seu antecessor no trato com Caracas.

Desafiando o veto de Lima, Maduro prometeu ir à cúpula de meados de abril, que deve ter a presença de seu maior crítico internacional, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

"Vejo vocês em Lima!", acrescento um Cabello entusiasmado, mencionando Trump entre outros líderes internacionais que se opõem ao governo venezuelano.

A ministra das Relações Exteriores da Venezuela, Delcy Rodríguez, também atacou Kuczynski, chamando-o no Twitter de "autointitulado fantoche imperialista" e "pessoa ruim" que ruma para a "lata de lixo da história".