China alerta EUA que irá defender seus próprios interesses comerciais
Por Ryan Woo e Hallie Gu
PEQUIM (Reuters) - Os Estados Unidos desrespeitaram as regras comerciais com uma investigação sobre propriedade intelectual e a China defenderá seus interesses, disse o vice-primeiro ministro Liu He ao Secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, em uma ligação telefônica neste sábado, informou a mídia estatal chinesa.
O telefonema entre Mnuchin e Liu, um confidente do presidente Xi Jinping, foi o contato de mais alto nível entre os dois governos desde que o presidente dos EUA Donald Trump anunciou planos para tarifas de até 60 bilhões de dólares em produtos chineses na quinta-feira.
Um agravamento das diferenças têm provocado turbulências nos mercados financeiros e no mundo corporativo, com os investidores prevendo terríveis consequências para a economia global caso as barreiras comerciais comecem a ser levantadas.
Diversos chefes executivos dos EUA, que participaram de um fórum de alto nível em Pequim neste sábado, incluindo Larry Fink, da BlackRock Inc., e Tim Cook, da Apple, pediram moderação.
Em seu telefonema com Mnuchin, Liu, um economista formado em Harvard, disse que a China ainda espera que os dois lados permaneçam "racionais" e trabalhem juntos para manter as relações comerciais estáveis, informou a agência oficial de notícias Xinhua.
Autoridades dos EUA dizem que uma investigação de oito meses sob a Lei de Comércio dos EUA de 1974 descobriu que a China se envolve em práticas comerciais desleais, forçando os investidores americanos a entregar as principais tecnologias para as empresas chinesas.
No entanto, Liu disse que o relatório investigativo "viola as regras do comércio internacional e não beneficia os interesses chineses, os interesses dos EUA ou os interesses globais", segundo a Xinhua.
(Reportagem adicional de Ben Blanchard, Kevin Yao, Matthew Miller e Cate Cadell)
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