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Sobreviventes de ataque a tiros na Flórida processam polícia por táticas usada em resgate

O advogado Solomon Radner acompanha o sobrevivente Keinon Carter (esq.) após coletiva de imprensa - Joey Roulette/Reuters
O advogado Solomon Radner acompanha o sobrevivente Keinon Carter (esq.) após coletiva de imprensa Imagem: Joey Roulette/Reuters

Joey Roulette e Gina Cherelus

Orlando, Nova York

07/06/2018 20h47

Mais de vinte sobreviventes de um ataque a tiros em uma boate na Flórida em 2016 entraram com uma ação judicial contra a cidade de Orlando e 30 policiais nesta quinta-feira (7), argumentando que os agentes da lei falharam em proteger seus direitos durante uma situação com reféns que durou horas.

A ação, apresentada dois anos após o segundo ataque a tiros mais mortal cometido por um único atirador na história dos Estados Unidos, ecoa críticas sobre um oficial de segurança escolar armado na Flórida que ficou do lado de fora de um colégio quando um atirador matou 17 alunos e funcionários.

Em busca de reparos financeiros não especificados, o processo argumenta que agentes da lei não nomeadas violaram os direitos de 26 sobreviventes e das famílias de seis pessoas mortas no ataque de junho de 2016 à boate Pulse. Um atirador que reivindicou aliança ao Estado Islâmico matou 49 pessoas durante uma festa na boate gay.

A ação também cita como réu Adam Gruler, um policial de Orlando que fornecia segurança à boate na noite do ataque.

Policiais que responderam a ligações do número de emergência 911 entraram na boate minutos após o ataque às 2h, resgataram algumas pessoas e então se retiraram quando o atirador recuou para um banheiro, levando a uma situação com reféns de horas, que terminou quando os policiais quebraram a janela da sala em que o atirador se escondia e o mataram a tiros.

"Nós merecíamos ter sido resgatados antes por agentes da lei que tomaram decisões de esperar", disse Keinon  Carter, um dos sobreviventes que prestam queixa e agora usa uma cadeira de rodas como resultado de ferimentos no ataque.