Topo

Trump tenta neutralizar crise imigratória, mas política é atingida por confusão

21/06/2018 20h52

Por Richard Cowan e Steve Holland

WASHINGTON/MCALLEN (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou nesta quinta-feira que agências federais comecem a reunir famílias imigrantes recentemente separadas na fronteira entre EUA e México, mas seus esforços para reverter uma política que gerou condenação global foram atormentados por confusão.

Apesar da ordem de Trump, permanece incerto como e quando mais de 2.300 crianças que foram separadas de seus pais nas semanas recentes irão se reunir com eles, e onde as famílias serão mantidas enquanto os pais enfrentam acusações criminais.

Também não ficou claro se o governo continuará processando casos contra pessoas pegas atravessando ilegalmente a fronteira.

Embora procuradores tenham dito que não estão descartando quaisquer casos, algumas audiências nesta quinta-feira não seguiram como planejadas. Em McAllen, no Texas, 17 imigrantes foram avisados por seus defensores públicos que seus casos não iriam prosseguir por ora.

Separadamente, as forças militares dos EUA foram solicitadas pelo governo a se prepararem para alojar até 20 mil crianças imigrantes desacompanhadas em bases militares, disse o porta-voz do Pentágono, o tenente coronel Jamie Davis.

Vídeos de crianças que foram separadas de seus pais sentadas em celas e uma gravação de áudio de crianças chorando geraram irritação ao redor do mundo com as políticas imigratórias de tolerância zero de Trump.

As fortes críticas forçaram Trump a retroceder e assinar um decreto presidencial na quarta-feira para manter famílias detidas juntas durante procedimentos imigratórios.

A primeira-dama Melania Trump visitou nesta quinta-feira crianças deslocadas pela crise imigratória.