Itália propõe centros de imigrantes na África para interromper fluxo imigratório
Por Ahmed Elumami
TRÍPOLI (Reuters) - A Itália pediu nesta segunda-feira que centros de imigrantes sejam construídos na África para deter uma onda de pessoas que buscam asilo e que seguem em direção à Europa ocidental, à medida que Roma eleva a pressão sobre seus parceiros na União Europeia para assumirem uma postura mais dura sobre imigração.
O novo governo italiano fechou seus portos para navios de organizações de caridade operando no Mediterrâneo, dizendo que a UE deve compartilhar o fardo de desembarcar os centenas de imigrantes que são retirados de águas todos os meses, principalmente na costa da Líbia.
A Itália, que fica perto da Líbia, recebeu 650 mil imigrantes de barcos desde 2014. Sua nova postura dura agravou tensões na EU sobre políticas imigratórias e criou preocupações entre investidores.
“Centros de recepção e identificação devem ser criados”, disse o ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, anti-imigração, em visita à Líbia, ponto de partida para maior parte dos imigrantes que tentam chegar à Europa pelo mar.
Em encontro com o ministro do Interior do governo reconhecido internacionalmente da Líbia, Abdulsalam Ashour, e o vice-primeiro-ministro, Ahmed Maiteeg, Salvini agradeceu a guarda costeira líbia por seu “excelente trabalho” em resgatar e interceptar imigrantes.
No entanto, o governo sediado em Trípoli, que não controla toda a Líbia, não está disposto a sediar centros de recepção. Maiteeg disse que embora seu governo esteja pronto para combater o problema da imigração, ele rejeita "completamente quaisquer acampamentos de imigrantes na Líbia”.
Após retornar à Itália, Salvini disse que tais centros deveriam ser construídos no sul da Líbia, Níger, Mali, Chade e Sudão.
Mais cedo, ele disse que a UE deveria financiar esforços na África para impedir imigração descontrolada à Europa.
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