Grécia quer Mármores do Parthenon de volta, diz Tsipras a May
ATENAS (Reuters) - A Grécia quer os Mármores do Parthenon de volta do Museu Britânico, disse o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, em Londres nesta terça-feira, tentando ressucitar uma longa campanha pelos tesouros de 2.500 anos.
O diplomata britânico lorde Elgin removeu as esculturas da Acrópole de Atenas no começo do século 19, quando a Grécia estava sob o regime otomano. As esculturas representam quase metade do friso de 160 metros de comprimento que estava no templo do Parthenon.
Desde a independência em 1832, a Grécia tem repetidamente pedido o retorno dos mármores, sem sucesso.
Tsipras, que fez sua primeira viagem ofical a Londres desde que foi eleito em 2015, disse que a questão é de importância ética especial para os gregos e levantou a questão quando se encontrou com a premiê britânica, Theresa May.
"Os Mármores pertencem ao patrimônio cultural mundial, mas seu lugar natural é o Parthenon", disse a repórteres.
O Reino Unido tem resistido às campanhas pelo retorno do que chama de Mármores de Elgin, junto a tesouros de outros países, incluindo Nigéria e Etiópia, frequentemente citando legislações que proíbem seus museus de se desfazerem permanentemente de suas coleções.
A Grécia tem intensificado sua campanha desde 2009, quando abriu um novo museu aos pés da Acrópole, dizendo que isso responde a quaisquer sugestões de que Atenas não possui um lugar adequado para preservar os mármores.
O museu guarda relíquias inestimáveis da Acrópole, incluindo as cariátides, colunas verticais em formas femininas. Há espaço para uma das seis figuras restantes, em exibição no Museu Britânico.
Em 2014, o governo grego anterior contratou uma equipe legal, que incluía a advogada de direitos humanos Amal Clooney, para aconselhá-lo em sua tentativa de garantir o retorno dos mármores.
"Nós conhecemos a posição britânica, mas o que possui um valor particular é que este esforço seja contínuo", disse Tsipras. "No devido tempo, nós iremos encontrar cada vez mais apoiadores da posição justa da Grécia".
(Por Renee Maltezou)
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