Fonte da Jordânia relata trégua no sul da Síria, mas EUA não confirmam
Por Suleiman Al-Khalidi e Tom Perry
BEIRUTE/AMÃ (Reuters) - O governo da Síria e rebeldes combinaram um cessar-fogo no sul do país, disse uma fonte jordaniana sexta-feira, em meio a temores de uma catástrofe humanitária iminente em uma região exposta aos vizinhos Jordânia e Israel.
Em Washington, uma autoridade do Departamento de Estado disse que os Estados Unidos não conseguiram confirmar o relato sobre a trégua e que a situação no sul sírio continua "sombria", já que forças da Rússia e do governo da Síria continuam a bombardear a área.
Enquanto isso o grupo libanês Hezbollah, que luta ao lado de Damasco e tem apoio do Irã, disse que "uma vitória muito grande" está próxima no sul sírio, onde forças pró-governo avançaram rapidamente na província de Deraa.
A mídia estatal disse que tropas marcharam sobre várias cidades, e uma autoridade rebelde disse que as linhas de frente da oposição desmoronaram.
Forças governamentais apoiadas pelo poderio aéreo russo voltaram a atenção para o sudoeste desde que subjugaram os últimos bastiões de insurgentes sitiados, inclusive Ghouta Oriental, perto de Damasco.
Um grupo de monitoramento da guerra disse que a ofensiva expulsou mais de 120 mil civis do sudoeste desde que começou na semana passada. Dezenas de milhares de pessoas fugiram rumo à fronteira com a Jordânia e milhares mais para a fronteira com as Colinas de Golã ocupadas por Israel.
Israel e a Jordânia --que já abriga mais de 666 mil refugiados registrados pela Organização das Nações Unidas (ONU)-- dizem que não acolherão refugiados.
O presidente sírio, Bashar al-Assad, levou a ofensiva adiante apesar dos alertas dos EUA a respeito de "repercussões sérias". Washington avisou os rebeldes para que não esperem apoio militar contra o ataque.
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