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Programa nuclear da Coreia do Norte pode ser desmantelado em um ano, diz assessor da Casa Branca

Kim e Trump, durante reunião em junho - Kevin Lim/The Straits Times via Reuters
Kim e Trump, durante reunião em junho Imagem: Kevin Lim/The Straits Times via Reuters

Em Washington (EUA)

01/07/2018 11h55

O assessor de Segurança Nacional da Casa Branca, John Bolton, disse neste domingo (1º) acreditar que a maior parte dos programas nucleares, químicos e biológicos da Coreia do Norte poderia ser desmantelada em um ano.

Bolton declarou ao programa "Face the Nation", da CBS, que Washington criou um programa para desmantelar as armas de destruição em massa e os programas de mísseis balísticos da Coreia do Norte em um ano.

"Se eles tiverem a decisão estratégica já feita para isso e cooperarem, podemos nos mover muito rapidamente", disse ele. "Fisicamente, seríamos capazes de desmantelar a esmagadora maioria dos seus programas dentro de um ano." 

Ele disse que o secretário de Estado, Mike Pompeo, provavelmente discutirá essa proposta com os norte-coreanos em breve. O "Financial Times" informou que Pompeo deve visitar a Coreia do Norte nesta semana, mas a Reuters não conseguiu confirmar seus planos de viagem.

A Coreia do Norte concordou na recente cúpula em "trabalhar para a desnuclearização da Península Coreana", mas a declaração conjunta assinada pelo líder norte-coreano Kim Jong-un e pelo presidente Donald Trump não deu detalhes sobre como ou quando Pyongyang poderia entregar suas armas nucleares.

Pompeo disse a repórteres no dia seguinte à cúpula de Singapura, em 12 de junho, que Washington espera alcançar um "grande desarmamento" pela Coreia do Norte dentro do atual mandato de Trump, que termina em 20 de janeiro de 2021.

Bolton disse que os Estados Unidos estavam entrando em negociações nucleares conscientes das falhas de Pyongyang em cumprir suas promessas no passado.

"Nós sabemos exatamente quais são os riscos --eles usam as negociações para prolongar o tempo que têm para continuar seus programas de armas nucleares, químicas e biológicas e mísseis balísticos", disse.

"Não há nenhuma ingenuidade no grupo que trabalha nisso", afirmou. "Estamos bem conscientes do que os norte-coreanos fizeram no passado."