Em meio à violência, malineses votam para presidente
SÃO PAULO (Reuters) - Os malineses foram às urnas neste domingo para decidir se dão ao atual presidente, Ibrahim Boubacar Keita, um segundo mandato, em meio a tensões e atos de violência com motivação étnica e religiosa, fatos piorados desde que o mandatário assumiu o poder, há cinco anos.
Dezenas de outros candidatos estão buscando a presidência da nação localizada no deserto do Saara e que está sob tensão pela rebelião dos Tuareg e por militância islâmica no norte e no centro do pais.
A insegurança é tamanha em algumas regiões que a votação simplesmente não aconteceu, e uma missão de observação da União Europeia exortou o governo no sábado a publicar uma lista de lugares em que a eleição não poderá ser realizada, para apaziguar suspeitas de candidatos sobre 'zonas eleitorais fictícias'.
A votação foi suspensa temporariamente em uma zona eleitoral no vilarejo de Aguelhok, no norte, após militantes terem disparado dez morteiros, disse o porta-voz da missão da Organização das Nações Unidas (ONU), Olivier Salgado. Ninguém ficou ferido. Tais ataques viraram rotina na nação nos meses que antecederam o pleito.
"Um morteiro caiu a cerca de 100 metros de uma zona eleitoral, então houve um pouco de pânico e uma suspensão temporária da votação", que depois foi retomada, disse Salgado.
Cerca de oito milhões de pessoas são esperadas nas urnas. A oposição conta com empresários, um astrofísico e apenas uma mulher.
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