Trump ameaça paralisação do governo por causa de imigração
Por Doina Chiacu
WASHINGTON (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse neste domingo que poderia permitir que o governo federal paralisasse suas atividades caso os Democratas não financiem seu muro de fronteira e apoiem mudanças na lei de imigração, apostando que manter uma linha dura funcionará a favor dos Republicanos nas eleições de novembro.
Entretanto, uma ruptura nas operações do governo federal poderia se voltar contra Trump se os eleitores culparem os Republicanos, que controlam o Congresso, pela interrupção dos serviços.
"Eu estaria disposto a paralisar o governo se os Democratas não nos derem votos para a segurança da fronteira, que inclui o Muro! Devem se livrar da Loteria, ser pegos e liberados, etc. e finalmente ir para o sistema de Imigração baseado no mérito! Nós precisamos de grandes pessoas vindo ao nosso país!", disse Trump no Twitter.
Os americanos estão divididos ao longo das linhas partidárias sobre a imigração, e 81 dos dos Republicanos aprovaram a forma como Trump lida com a questão, de acordo com uma pesquisa da Reuters/Ipsos divulgada este mês.
O presidente republicano ameaçou uma paralisação várias vezes desde que assumiu o cargo em 2017, em uma tentativa de obter prioridades de imigração nas contas de gastos do Congresso, especialmente o financiamento para um muro ao longo da fronteira sul dos EUA. Trump pediu 25 bilhões de dólares para construir o muro.
"Não acho que seria útil, então vamos tentar evitá-lo", disse o senador republicano Ron Johnson, presidente do Comitê de Segurança Interna do Senado, em "Face the Nation", da CBS.
O Congresso deve concordar com uma medida de gastos para financiar o governo até o prazo de 30 de setembro.
Embora os republicanos controlem tanto o Senado americano quanto a Câmara dos Deputados, as divergências entre moderados e conservadores do partido impediram uma rápida correção legislativa.
Os impasses sobre os níveis de gastos e a imigração levaram a uma paralisação de três dias do governo, em janeiro, e a uma paralisação de horas em fevereiro.
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