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Ameaças de bombas obrigam nove aviões a mudar rota na América do Sul

Polícia usa cães para patrulhar o aeroporto de Lima, no Peru - Mariana Bazo/Reuters
Polícia usa cães para patrulhar o aeroporto de Lima, no Peru Imagem: Mariana Bazo/Reuters

Aislinn Laing e Felipe Iturrieta

Em Santiago

17/08/2018 07h51

Nove aviões foram forçados a fazer mudanças de emergência em suas rotas dentro dos espaços aéreos de Chile, Argentina e Peru, na quinta-feira, devido a ameaças de bombas feitas à agência de aviação civil chilena, disse o diretor-geral da agência a jornalistas.

Ao menos dois dos aviões eram operados pela Latam Airlines e três pela companhia chilena de baixo custo Sky, confirmaram as companhias.

O diretor-geral da agência de aviação civil do Chile (DGAC), Victor Villalobos Collao, disse que no total 11 ameaças foram feitas na quinta-feira, sendo duas "fictícias" e nove relacionadas a voos reais.

Todos os aviões foram declarados livres de explosivos, e ao menos uma aeronave pôde retomar seu voo, disse.

Segundo Collao, ligações advertindo sobre bombas a bordo dos aviões foram feitas aos escritórios da Latam e à agência de aviação civil do Chile, e a polícia está agora tentando rastrear sua origem.

"Nós sempre temos uma ou duas malas abandonadas, isso é normal", disse a jornalistas em coletiva de imprensa no aeroporto de Santiago. "Mas esse é um caso totalmente excepcional".

Quatro dos aviões tinham a capital chilena como origem ou destino, acrescentou a DGAC em comunicado.

Um dos voos, o Sky 162, decolou do aeroporto Arturo Merino Benítez, em Santiago, com destino a cidade de Antofagasta, no norte do Chile, mas foi instruído a retornar à capital chilena, segundo o comunicado.

O voo 2369 da Latam, que decolou de Lima a caminho de Santiago, foi forçado a aterrissar na cidade peruana de Pisco, acrescentou.

O Ministério de Transportes do Peru disse que ninguém ficou ferido e que uma equipe responsável por desativar explosivos foi notificada. "Agora, a situação está sob controle", disse em publicação no Twitter.

A polícia do Chile não respondeu a pedido por comentário.