Trump diz que deseja solução de dois Estados para conflito no Oriente Médio
NAÇÕES UNIDAS (Reuters) - O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse nesta quarta-feira que quer uma solução de dois Estados para resolver o conflito entre Israel e a Palestina, a expressão mais clara do apoio de seu governo a essa proposta.
A administração Trump disse no passado que apoiaria uma solução de dois Estados se ambos os lados concordassem.
Em uma reunião com o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, na ONU, Trump também disse que gostaria de apresentar um plano de paz nos próximos dois a três meses.
"Eu gosto de uma solução de dois Estados. Isso é o que eu acho que funciona melhor... Esse é o meu sentimento", disse Trump, que está participando da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas.
Netanyahu disse que qualquer futuro Estado palestino deve ser desmilitarizado e deve reconhecer Israel como o Estado do povo judeu --condições que os palestinos dizem que mostram o primeiro-ministro não é sincero em relação à busca pela paz.
Os aliados árabes dos Estados Unidos são fortes defensores de uma solução de dois Estados.
“Eu realmente acredito que algo vai acontecer. Eles dizem que é o mais difícil de todos os acordos”, disse Trump.
Ele acrescentou que Israel terá que fazer algo de bom para o outro lado, sem elaborar.
Dúvidas têm sido levantadas desde dezembro sobre se o governo Trump pode assegurar o que ele chamou de “acordo definitivo”, quando o presidente norte-americano reconheceu Jerusalém como a capital de Israel e depois transferiu a embaixada dos Estados Unidos para lá.
"É um sonho meu concluir isso antes do final do meu primeiro mandato", disse Trump sobre um acordo sobre o conflito.
Jerusalém é uma das principais questões do conflito israelo-palestino. Ambos os lados reivindicam a cidade como sua capital. A decisão de Trump ofendeu os palestinos, que têm boicotado os esforços de paz de Washington, liderados pelo genro e assessor de Trump, Jared Kushner.
Os palestinos querem estabelecer um Estado na Cisjordânia e na Faixa de Gaza e Jerusalém Oriental. Israel capturou esses territórios na guerra de 1967 e anexou Jerusalém Oriental em um movimento não reconhecido internacionalmente. Israel considera toda a cidade como sua capital eterna e indivisível.
(Reportagem de Steve Holland)
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