"Turbulência" em relações ameaça reunião de segurança entre EUA e China, dizem fontes
Por Ben Blanchard e Michael Martina
PEQUIM (Reuters) - Uma importante reunião diplomática e de segurança dos Estados Unidos com a China no próximo mês pode não acontecer por causa das tensões nas relações entre os dois países, dissera fontes com conhecimento do assunto, potencialmente a maior casualidade da deterioração dos laços.
Pequim e Washington estão presos em uma guerra comercial que resultou na imposição de várias rodadas de tarifas aos produtos um do outro.
A tensão entre as duas maiores economias do mundo agora avança além do comércio, com o presidente Donald Trump acusando Pequim nesta semana de tentar interferir nas eleições para o Congresso, marcando o que autoridades norte-americanas disseram à Reuters ser uma nova fase na campanha de Washington para pressionar a China.
No front militar, a China ficou furiosa com a imposição pelos Estados Unidos de sanções ao Exército de Libertação Popular (PLA) por comprar armas da Rússia e pelo Pequim vê como suporte dos EUA a Taiwan, reivindicado pelos chineses como parte de seu território.
Duas fontes diplomáticas baseadas em Pequim e familiarizadas com os planos disseram que o secretário de Estado, Mike Pompeo, e o secretário de Defesa, Jim Mattis, iriam a Pequim no próximo mês para o Diálogo Diplomático e de Segurança EUA-China. O encontro, que ocorreu pela primeira vez em Washington no ano passado, visa reinicializar as conversas de alto nível sob administrações anteriores.
Contudo, ambas as fontes afirmaram que a reunião agora estava em dúvida.
"Há muita incerteza por causa da turbulência na relação", disse uma das fontes.
A segunda fonte afirmou o Exército da Libertação Popular estava especialmente infeliz com os Estados Unidos no momento por causa das sanções norte-americanas impostas ao exército chinês e do apoio dos EUA a Taiwan, incluindo a aprovação de uma nova rodada de vendas de armas nesta semana.
"O Exército de Libertação Popular está saturado por conta da questão de Taiwan. Eles estão cada vez mais linha-dura quanto a isso", disse a fonte.
As duas falaram na condição de anonimato, já que as viagens não haviam sido tornadas públicas. Eles também advertiram que as reuniões ainda podem acontecer, conforme o planejado, e que nenhuma decisão final havia sido tomada.
O Ministério de Defesa chinês disse que estava conversando com os EUA sobre o diálogo. "China e EUA mantiveram todo o tempo comunicação sobre o diálogo diplomático e de segurança", disse em comunicado à Reuters, sem entrar em detalhes.
A embaixada dos EUA em Pequim se recusou a comentar o assunto, assim como o Departamento de Estado. O Pentágono, por sua vez, informou que não discute planos futuros de viagem.
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