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Terroristas atacam ônibus e matam 7 cristãos que voltavam de batizado no Egito

Cristãos coptas gritam palavras de ordem em protesto após o atentado a um ônibus que transportava peregrinos cristãos em Minya, no Egito - Mohammed Hakim/AP
Cristãos coptas gritam palavras de ordem em protesto após o atentado a um ônibus que transportava peregrinos cristãos em Minya, no Egito Imagem: Mohammed Hakim/AP

Por Nadine Awadalla

Da Reuters, no Cairo

02/11/2018 16h56

Homens armados mataram pelo menos sete cristãos que estavam retornando do batizado de uma criança em um mosteiro copta no Egito na sexta-feira, disseram autoridades, no ataque mais sério contra a minoria em mais de um ano.

Seis dos mortos eram da mesma família, e outras 18 pessoas, incluindo crianças, ficaram feridas, disse o porta-voz da Igreja Copta em um comunicado.

O Estado Islâmico reivindicou a responsabilidade pela emboscada na província de Minya, no centro do Egito, disse a agência de notícias Amaq, do grupo militante, sem fornecer evidências de seu envolvimento.

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Os agressores abriram fogo no meio da tarde contra dois ônibus perto do Monasteiro de São Samuel, o Confessor, em Minya, a 260 quilômetros do Cairo, disse o porta-voz da igreja.

Imagens postadas na mídia social mostraram corpos dentro de um ônibus com ferimentos de bala aparentes. A Reuters não conseguiu verificar a autenticidade das fotos.

Os agressores fugiram, disse uma testemunha no mosteiro.

Hilal, morador local, disse à Reuters que correu para o local depois de ouvir sobre o ataque e ter visto os militantes na estrada.

"Alguns de nós vieram tentar bloquear a estrada. Havia três veículos com tração nas quatro rodas e os militantes abriram fogo", disse ele à Reuters.

O Estado Islâmico e grupos afiliados têm reivindicado responsabilidade por uma série de ataques contra cristãos, incluindo um que matou 28 pessoas quase no mesmo local em maio de 2017.

O Exército e a polícia egípcios lançaram uma ofensiva contra os grupos militantes em fevereiro, tendo como alvo a Península do Sinai, bem como as áreas do sul e a fronteira com a Líbia.

O Egito diz que o combate a militantes islâmicos é uma prioridade para restaurar a segurança após os anos de turbulência que se seguiram aos protestos da "Primavera Árabe" em 2011.