CIA acredita que príncipe saudita ordenou morte de jornalista, dizem fontes
Por Mark Hosenball
WASHINGTON (Reuters) - A CIA acredita que o príncipe saudita Mohammed bin Salman ordenou a morte do jornalista Jamal Khashoggi em Istambul, disseram na sexta-feira fontes que acompanham o tema, complicando assim os esforços do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de preservar os laços com um importante aliado norte-americano.
As fontes afirmaram que a CIA comunicou a outros setores do governo dos EUA e também ao Congresso a sua avaliação, que vai de encontro às declarações do príncipe de que ele não estaria envolvido.
A conclusão da CIA, relatada primeiramente pelo Washington Post, é a avaliação norte-americana de maior importância até agora, ligando o governante de fato da Arábia Saudita com a morte.
A embaixada saudita em Washington rejeitou a alegação.
"As afirmações nessa suposta avaliação são falsas", disse uma porta-voz da embaixada via um comunicado. "Nós continuamos a ouvir várias teorias sem ver os fundamentos primários para tais especulações."
Em visita à Papua Nova Guiné, o vice-presidente Mike Pence disse à imprensa que ele não comentaria informações confidenciais.
"O assassinato de Jamal Khashoggi foi uma atrocidade. Também foi uma afronta a uma imprensa livre e independente, e os Estados Unidos estão determinados a responsabilizar todos aqueles responsáveis por esse assassinato", disse ele, acrescentando que Washington queria preservar seu relacionamento com a Arábia Saudita.
(Por Mark Hosenball; reportagem adicional de David Alexander e Jeff Mason)
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