Rússia resiste a apelos ocidentais para libertar navios ucranianos capturados
Por Andrew Osborn e Maxim Rodionov
MOSCOU (Reuters) - A Rússia resistiu nesta segunda-feira a apelos ocidentais para que liberte três embarcações militares ucranianas que alvejou e apreendeu perto da Crimeia no fim de semana, uma medida que desencadeou a crise mais perigosa entre Moscou e Kiev em anos.
As relações estão tensas desde que a Rússia anexou a Crimeia em 2014 e deu apoio a uma insurgência pró-Moscou no leste da Ucrânia, e o incidente cria o risco de lançar as duas nações em um conflito mais amplo.
O serviço de segurança russo FSB disse que barcos de sua patrulha de fronteira apreederam duas pequenas embarcações de artilharia blindadas e um rebocador da Ucrânia depois de disparar contra elas e ferir marinheiros no domingo.
O FSB ainda informou que abriu um processo criminal devido ao que classificou como a entrada ilegal dos navios em águas territoriais russas.
Maria Zakharova, porta-voz do Ministério das Relações Exteriores russo, acusou a Ucrânia de enviar os navios para provocar a Rússia deliberadamente e disse que o diplomata de turno da embaixada ucraniana em Moscou será convocado para debater o incidente.
Kiev negou que seus navios tenham feito algo errado e acusou a Rússia de agressão militar. O presidente Petro Poroshenko se reuniu com seus principais chefes militares e de segurança na noite de domingo para tratar da crise, e o Parlamento ucraniano deve estudar ainda nesta segunda-feira uma proposta para impor a lei marcial durante 60 dias.
O rublo iniciou o pregão 0,4 por cento mais fraco do que o dólar em Moscou, seu valor mais baixo desde meados de novembro, e os títulos russos atrelados ao dólar recuaram.
Os mercados estão altamente sensíveis a qualquer coisa que possa provocar novas sanções ocidentais contra Moscou, e com isso enfraquecer a economia russa. Uma queda no preço do petróleo --a maior fonte de renda da Rússia-- tornou sua economia mais vulnerável.
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