Bolsonaro espera definir mais nomes de ministério semana que vem e diz que Previdência neste ano é difícil
BRASÍLIA (Reuters) - O presidente eleito Jair Bolsonaro disse nesta quarta-feira que espera definir na próxima semana os demais nomes que vão compor seu ministério e fez a avaliação de que aprovar a reforma da Previdência neste ano será muito difícil.
Em entrevista a jornalistas na sede da transição de governo em Brasília, Bolsonaro também defendeu que a política ambiental não pode atrapalhar o desenvolvimento econômico.
"Semana que vem saem os demais ministérios", disse Bolsonaro aos jornalistas ao lado do futuro ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni.
O presidente eleito foi indagado sobre a decisão anunciada pelo Ministério das Relações Exteriores nesta quarta-feira do governo brasileiro de desistir de sediar a próxima COP-25, a Conferência das Partes sobre mudanças climáticas, prevista para novembro de 2019, alegando dificuldades orçamentárias.
Bolsonaro afirmou que a decisão coube ao governo do presidente Michel Temer, mas afirmou que recomendou ao seu futuro chanceler, Ernesto Araújo, que evitasse a realização do evento pelo Brasil.
Durante a campanha eleitoral, Bolsonaro ameaçou sair do Acordo de Paris sobre o clima, assinado ainda no governo de Dilma Rousseff, mas ratificado em 2016, já no governo Temer --que comemorou ser o primeiro presidente a depositar a ratificação na ONU.
Araújo também não mostra apreço pelo tema. Em um dos textos em seu blog, ele afirma que há um "alarmismo climático" e que se criou um "dogma" do aquecimento global, "apesar das evidências em contrário".
Mais cedo, foram anunciados os futuros ministros do Desenvolvimento Regional, que englobará Cidades e Integração Nacional e será comandado por Gustavo Canuto; da Cidadania, que unirá Desenvolvimento Social, Esporte e Cultura e terá o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) à frente, e Turismo, que terá como titular o deputado federal Marcelo Álvaro Antônio (PSL-MG).
(Reportagem de Mateus Maia)
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