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Atividade econômica inicia 4º tri quase estagnada, mas melhor que o esperado, aponta BC

17/12/2018 08h45

SÃO PAULO (Reuters) - A atividade econômica brasileira iniciou o último trimestre do ano praticamente estagnada, mantendo o ritmo paulatino e moroso que vem marcando 2018, porém com um resultado melhor do que o esperado.

O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), apresentou avanço de 0,02 por cento em outubro na comparação com o mês anterior, de acordo com dado dessazonalizado divulgado nesta segunda-feira pelo BC.

O desempenho foi melhor que a expectativa em pesquisa da Reuters de contração de 0,20 por cento, representando o quinto resultado positivo no ano.

"Esse resultado e outros indicadores divulgados anteriormente reforçam a nossa expectativa de crescimento de 0,1 por cento do PIB no quarto trimestre", projetou o Bradesco em nota.

Os dados do BC mostram ainda que, na comparação com outubro de 2017, o IBC-Br registrou crescimento de 2,99 por cento e, no acumulado em 12 meses, teve alta de 1,54 por cento, segundo números observados.

O mês de outubro foi marcado por frustrações de expectativas. A produção industrial avançou 0,2 por cento sobre setembro, porém em um resultado abaixo do esperado.

As vendas varejistas tiveram recuo de 0,4 por cento contra expectativa de alta, enquanto o volume de serviços avançou 0,1 por cento, em um ritmo também abaixo do esperado.

A economia do Brasil se firmou durante o terceiro trimestre e o PIB cresceu 0,8 por cento na comparação com os três meses anteriores, mostrando recuperação após a greve dos caminhoneiros.

Entretanto, ainda opera com alto grau de ociosidade e com o desemprego elevado no país. Até outubro, o país foi marcado pelas incertezas em torno das eleições e, agora, o foco se volta para o avanço das reformas fiscais, destacadamente da Previdência.

Na pesquisa Focus divulgada nesta segunda-feira pelo BC, a projeção dos economistas consultados é de um crescimento do PIB este ano de 1,30 por cento, avançando para 2,55 por cento em 2019.

(Por Camila Moreira)