Topo

Impasse com Marinha da Venezuela não afeta atividade na costa da Guiana, diz Exxon

26/12/2018 15h01

CARACAS (Reuters) - A petroleira norte-americana Exxon Mobil disse nesta quarta-feira que suas atividades de perfuração em águas da Guiana não foram afetadas por um incidente durante o final de semana entre a Marinha da Venezuela e dois barcos de uma empresa contratada, que realizava estudos sísmicos na área.

O trabalho da companhia foi mantido em dez áreas na costa da Guiana, inclusive na zona mais próxima do bloco Stabroek, onde, no sábado, foram interrompidos os estudos realizados pelas embarcações, segundo a Exxon.

A Guiana disse que o incidente com a Marinha do país vizinho aconteceu dentro de suas águas territoriais, enquanto o governo da Venezuela afirmou que foi dentro de seu espaço marítimo.

"As perfurações de exploração e desenvolvimento continuam na zona sudeste do bloco Stabroek", afirmou a Exxon Mobil em comunicado divulgado em seu site.

A empresa não indicou se os dois navios, que realizavam estudos exploratórios e que são propriedade da petroleira norueguesa Petroleum Geo-Services, planejam retomar seus trabalhos na área onde foram interceptados.

O ministro de Relações Exteriores da Guiana disse que o governo está "em discussão" com a Exxon sobre os passos a tomar após o impasse.

Os dois países mantêm uma disputa territorial há quase um século e as descobertas de petróleo feitas pela Exxon alimentaram as tensões entre os governos.

(Reportagem de Luc Cohen em Caracas)